sexta-feira, 30 de setembro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011

Conselhos errados que as pessoas dão: nunca desista dos seus sonhos Ana Carolina Prado


Conselhos errados que as pessoas dão: nunca desista dos seus sonhos Ana Carolina Prado


Muitos de nós crescemos ouvindo apresentadores de TV, cantores, personagens de programas infantis e toda espécie de espalhadores profissionais de clichês repetindo à exaustão o mantra: “nunca desista dos seus sonhos”. Há variações, como “persiga os seus objetivos até o fim” ou “tenha fé, que um dia você vai chegar lá”.  Como sempre, sabemos que a intenção é boa – e é importante receber encorajamento desse tipo. Mas é preciso ser racional e equilibrado. Não queremos destruir o sonho de ninguém, mas a ciência nos insta a dizer: nem sempre você vai alcançar os seus objetivos e é preciso aceitar isso. Senão, corre o risco de se tornar um velhinho ranzinza e amargurado.
Séries e filmes vivem explorando a figura do velhinho ranzinza, como Shit my Dad Says e Up. Personagens assim fazem sucesso e parecem divertidos na cultura pop, mas vamos combinar que ninguém curte se imaginar virando um desses na vida real. A amargura na idade avançada não é um comportamento normal que acontece com todo mundo, e sim um indício de depressão. Um estudo da Universidade de Colúmbia Britânica feito pelos psicólogos Erin Dunne e Carsten Wrosch sugere que, no geral, uma das principais causas do mau-humor é essa coisa de perseguir incansavelmente um objetivo que você nunca será capaz de alcançar.
A boa notícia é que dá para evitar que nós nos tornemos velhinhos e velhinas ranzinzas no futuro se mudarmos a forma como encaramos as coisas desde já. E a principal delas envolve o que os pesquisadores chamaram de “desengajamento objetivo”, ou a decisão de abrir mão de certas metas quando for o caso. O pesquisador Carsten Wrosch deu dicas nesse sentido para o site TheAtlantic.com. Listamos algumas delas:
1. Assuma a responsabilidade pelos seus próprios erros.
Segundo Wrosch, a amargura é consequência de experiências ruins (como falhas, decepções ou fracassos) que são considerados fora do controle. A pessoa se sente vítima do mundo e acha que é impotente frente às situações. Quando reconhecemos que a culpa por coisas assim terem acontecido às vezes é nossa, podemos nos sentir arrependidos e tristes por um tempo – o que é normal, mas passa e, se permitirmos, acaba nos ajudando a tomar decisões melhores no futuro. (Desde que você não pese a mão na autocrítica e comece a se condenar eternamente, como já dissemos anteriormente) Já quando jogamos a culpa em outra pessoa, podemos sentir uma raiva e/ou amargura que vai se acumulando com o tempo.
2. Se você falhou em um objetivo, seja razoável e avalie suas reais chances de conseguir alcançá-lo antes de decidir tentar de novo.
É preciso ser realista. É claro que, muitas vezes, vale a pena persistir em um objetivo e tentar muitas outras vezes até consegui-lo. Passar no vestibular, conseguir uma promoção ou arranjar um emprego em uma área que você deseja pode exigir esforço e muitas tentativas fracassadas antes. Afinal, essas coisas não são fáceis. Mas pode haver ocasiões em que não há muito o que fazer – e a melhor opção é desistir. Caso contrário, o preço a se pagar é a amargura.
3. Se o seu objetivo é pouco realista, parta para outras metas.
O “desengajamento” pode poupar você do fracasso recorrente e das emoções negativas que vêm associadas a isso. Pesquisas mostram que isso tem sido associado a níveis mais baixos de hormônios relacionados ao estresse e menos relatos de problemas de saúde. Mas que fique claro: isso não significa viver por aí sem objetivo – significa estabelecer novas metas. Fazer isso, por sua vez, promove níveis mais elevados de emoções positivas nas pessoas.
4. Se você já costuma culpar outras pessoas, faça as pazes com ela
Além de tomar a responsabilidade pelas coisas que você faz e parar de culpar outros, é importante também fazer as pazes com a pessoa que você costuma culpar pelas suas derrotas. Muitas vezes, você vai precisar delas para resolver o problema (como em um casamento em crise, que necessita do trabalho de ambos os cônjuges para dar certo).
Nota: A amargura também pode ser resultado de algum estresse pós-traumático. Nesse caso, a pessoa se sente intensamente injustiçada e impotente e aí é necessário procurar ajuda psicológica.

O Cérebro Masculino e Feminino



Essa é uma ampla discussão e daria para falar várias e várias horas a respeito do assunto, porém hoje trarei um pouco desse vasto universo de pesquisas que vem sendo feitas no âmbito da diferenciação cerebral dos gêneros.Quatro anos atrás quando Lawrence Summer afirmou ter menos matemáticos e engenheiros devido a capacidade feminina ser menor que a masculina, Lawrence cometeu uma série de constatações inadequadas/equivocadas. Embora o ex-presidente da Harvard University e atual diretor do Conselho Econômico Nacional pode ter tido razão em alguns detalhes, ele estava errado em seu ponto principal.
O cérebro masculino é diferente do cérebro feminino, entretanto essas diferenças são muito menores do que a gente pensava há um tempo atrás e algumas delas são inatas. Pelo contrário, as assimetrias leves presente no nascimento, moldadas por interesses, preferências e as sugestões dos pais e professores, crescem em mais disparidades entre os sexos na idade mais adulta. Esta divergência é um exemplo de plasticidade, a capacidade maravilhosa do cérebro de se adaptar e mudar. “A maioria das diferenças no comportamento se desenvolve por meio da experiência”, diz o neurocientista Lise Eliot de Rosalind Franklin da Universidade de Medicina e Ciência, em Chicago. “A natureza dá a bola para rolar, a polarização de meninos e meninas em direção a diferentes interesses, mas as lacunas próprias são em grande parte devido à aprendizagem e plasticidade.”.
É interessante notar como as coisas são interessantes. Nascemos com todo o projeto de cérebro, mas podemos mudar algumas habilidades cerebrais de acordo com o nosso uso. Vide os poliglotas que possuem uma maior diferenciação do lobo temporal ou os próprios taxistas de londres (que precisam decorar cerca de 20.000 ruas e seus caminhos de uma para outra a fim de ser taxista – igualzinho no Brasil rs) e possuem um hipocampo bem mais exacerbado. Quando digo habilidades e mudanças, neuroplasticidade, ainda não toquei no assunto sexualidade em si, que fique bem claro. 
 Quando o filho menor de uma família pede/clama um caminhão do exército para brincar, argumentam que ele está expressando uma tendência inata para brincar. Hoje muito dessa “tendência” tem sido moldada por influências sociais, não pelos efeitos de um gene “arma” no cromossomo Y. Até cerca de um ano de idade, meninos e meninas são igualmente atraídos para bonecas, é apenas mais tarde, quando os meninos se tornam mais ativos, que eles preferem fortemente as bolas e carros. Os pais também desempenham um papel na formação dos seus filhos, muitas vezes de maneiras que não podem ser totalmente conscientes.
O impacto negativo desses mitos é previsível e ainda é preocupante e persistente. Por estarmos muito ligados nas convenções sociais, muitas vezes os próprios pais e a sociedade desencorajam meninos e meninas a seguir carreiras que eles escolhem, por ligar tipos de habilidades à sexualidade e mais do que isso, a um certo preconceito. Por exemplo meninas seguirem engenharia e meninos serem criativos e ótimos artistas! Eliot defende um retorno às atitudes dos anos 1970, quando os pais estavam mais sintonizados com a forma como as influências sociais moldam o comportamento e o desempenho das crianças.
Não é verdade que os meninos geralmente são melhores em matemática?Há certas áreas da matemática que envolvem habilidades espaciais que os homens definitivamente tem um melhor desempenho . Ainda na infância, os meninos fazem um pouco melhor na rotação mental visual. Mas precisamos avaliar o quanto essa possibilidade é reforçada através de brincadeiras, como esportes, construção de brinquedos e jogos de vídeo. Quando se trata de outros aspectos além da matemática, subtração, as meninas têm realmente uma vantagem, pois são melhores em detalhes e focos de atenção. Elas fazem um pouco melhor. Então você não pode generalizar sobre todas as habilidades matemáticas.
Por que muitos meninos brincam de carrinhos e meninas de boneca, mesmo se não tiver o incentivo dos pais?
A identidade de gênero é um impulso forte. Crianças tendem a descobrir seu gênero, no segundo ano, normalmente em torno de 18 a 24 meses. Esse conhecimento pode ajuda-los a decidir quais os brinquedos e roupas adequadas. As diferenças nos níveis de atividade, a sensibilidade social, a consciência de outras pessoas, também ajudam a identificar o gênero a qual pertencem.
Que tal empatia? É algo que as crianças nascem com?
As crianças têm de aprender a emoção. Algumas emoções são conectadas, mas a leitura dos sentimentos de outras pessoas exige experiência social tremenda. O objetivo de terapias no autismo é treinar crianças autistas a estarem cientes das emoções dos outros.
Os olhos FalamComo a mulher consegue detectar coisas que o homem nunca detectaria? Como conseguem distinguir tão perfeitamente as cores em “azul-turquesa”; “azul-bebê”? Enquanto o homem fala simplesmente azul! Essa explicação está no cromossomo X. Esse cromossomo é o responsável por processar as células que detectam as cores, que são os cones. Essa variedade de espectro de cones (expressão de maior diversidade de proteínas e enzimas neles) faz com que a mulher seja capaz de diferenciar numa maior vastidão, já que é XX e o homem XY.
Olhos atrás da cabeça? A mulher tem uma visão ampla muito mais periférica enquanto o homem enxerga mais a distância. Essas diferenças podem ser muito bem associadas se compararmos nossos papéis ancestrais em que o homem era necessário para a caça e perseguir algo distante, enquanto a mulher precisava ver se tinha algum predador se aproximando. Como guardiã da cria, tem o cérebro pronto para perceber um campo visual de 45º de cada lado da cabeça e acima e abaixo do seu nariz, enquanto os homens são configurados para uma visão mais do tipo em “túnel”. Interessante os processos de evolução do nosso cérebro. Por isso que o homem moderno consegue facilmente encontrar o caminho de um bar muito afastado, mas não é capaz de encontrar algo na geladeira ou no armário/gaveta. Por isso quando a mulher disser: “Está no armário!!” – é melhor o homem acreditar e continuar procurando rs..
~ O homem e a paquera
O campo visual mais amplo é a causa de a mulher raramente a mulher ser surpreendida observando um homem. Ao contrário, é difícil encontrar um homem que nunca tenha sido acusado de “devorar com os olhos” o sexo oposto. Pesquisas na área sexual realizadas em vários países concluem que as mulheres observam até mais que os homens o sexo oposto. No entanto, com sua visão periférica superior, raramente são flagradas.
~ Por que os homens não conseguem mentir para as mulheres?As pesquisas sobre linguagem corporal revelam que, na comunicação frente a frente, os sinais NÃO-verbais podem equivaler até 80% do impacto da mensagem. Como as mulheres são melhores na sua percepção sensorial cortical, a mulher recebe e analisa as informações rapidamente e sua integração eficiente dos hemisférios cerebrais permite integrar e decifrar muito bem os sinais transmitidos. Pesquisas comprovam que o estrogênio, hormônio feminino, contribui para o aumento em 30% do corpo caloso, que é a área de conexão entre os dois hemisférios cerebrais e isso permite processar melhor os dados. Como o homem têm menor capacidade de percepção e integrar as aferências sensoriais e fazer conexões com entre diferentes regiões específicas, a mulher aproveita-se disso e com isso consegue enganar facilmente até mesmo em um orgasmo! Até a própria pele da mulher é mais fina e mais sensitiva, explicando a alta dependência do toque na relação homem-mulher.
Porque as mulheres falam mais cedo que os homens? E mais.. PORQUE FALAM TANTO??As mulheres desenvolvem mais cedo o hemisfério esquerdo que é o responsável pela linguagem do que os homens (que desenvolvem mais o direito). Isso explica também o fato dos meninos terem mais inteligencia espacial e os consultórios dos fonoaudiólogos serem cheios de meninos. E porque a mulher fala tanto? Além desse dado, pesquisas comprovaram que lesão no lobo temporal esquerdo de homens afetaram muito mais drasticamente que mulheres. Homens perdiam toda ou quase toda sua capacidade e demoravam muito mais a se recuperarem enquanto mulheres recuperavam com mais facilidade, indicando que havia outras áreas cerebrais envolvidas no processo de fala. Além disso quando a mulher fala com o homem em uma relação amorosa, isso ativa no cérebro dela o sistema de recompensa em que participa o núcleo acumbente, como se a recompensa dela fosse a sua atenção ou até você mesmo. Portanto, quanto mais a mulher fala, mais interessada ela está em você.
~ Retirado do livro “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem Amor?”
Observação: É importante lembrar que os ultimos dados foram retirados de um livro e nem todos explicam ou reflete o que de fato é ciÊncia. O que a ciência garante é que certas estruturas do nosso cérebro específicas possuem um volume maior proporcionalmente de um cérebro para outro – como por exemplo a área pré-optica do hipotalamo e o lobo parietal inferior – entre algumas outras. Não se sabe de fato o que determina a diferenciação sexual, mas se sabe que essa acontece antes mesmo do nascimento, ou seja, a criança NASCE COM O SEXO DEFINIDO – o que não quer dizer que essa será ou não hetero ou homossexual - tudo depende de como as influências e as convenções sociais são impostas para o cérebro e como ele irá reagir diante disso.