domingo, 31 de maio de 2009

Camisão é uma palavra sem sentido para os modernistas, e para os nostálgicos tem um sentido de vinculo ao passado e seus desdobramentos.A depender do contexto, pode ser uma critíca, ou elogio, pode assumir um sentido perjorativo, de depreciação e estagnação.
Camisão quando pronunciada pelos militantes da cultura ,ganha um forma toda especial de uma relação forte de manifestações, lendas, História, contos, conteudo para criação.
Mas , a grande verdade que Camisão é uma palavra mais usada para sintetizar o descaso , a apatia de um pedaço geográfico que está perdida no tempo por gerações e que essa nova geração que está surgindo tem recebido as consequencias dessa dura realidade que tem se dedobrado em nosso camisão.O perjorativo do conteudo da palavra ganha mais forma ainda se percebermos comparativamente em relação as praticas passadas, o modelo de condução dos destinos da nossa terra e os resultados alcançados.Estamos mais para camisão do que para Ipirá.Acho que não incorporamos esse nome na realidade do nosso dia, onde tudo que é antigo cada dia se renova criando obstaculos intrasponiveis para o desenvolvimemtno.O que achamos que foi morrendo lentamente , como vicios, coronelismo, preconceito ao pobre, uso da máquina publica sem programa,a "renovação de nomes politicos", tudo permanece igual.Vivenciamos a doce tragédia de um "camisão que anda a passos de tartarugas" e que tem produzido mais tristezas do que alegrias.
A tristeza do ar vilaresco que contamina sonhos ,aleija os que tem vontade de dias melhoress.E que no fim das contas, tem que pegar um onibus e ir para Mato grosso e Sao Paulo.
Tem sido uma Historia previsivel, de argumentos esperados por parte de alguns e de soluções cada dia mais distantes da verdadeira realidade de uma Ipirá que não desgruda da sua maior sombra "camisão".
Mas a principal de muitos é apenas focalizar a dimensaão do problema ao plano politico, como se politica fosse apenas o movimentar de grupos,que tem sua grande parcela de culpa,mas
a politica no seu sentido mais amplo de organização social, de um sentimento civico, de participação social.
O problema é que as supostas soluções são sempre direcionadas pelo partidarismo que quer dar "nome aos bois" .Os de cá não participa lá, e os de lá não participa cá.Se existe um projeto para acabar com fome em Ipirá, é impossivel integrar todos , pois o projeto perde seu valor e finalidade, mas ganha no plano partidario.A luta no camisão foi sempre assim,o importante não é o projeto para unir , mas os interesses do partidos.A falsa retorica de desenvolvimento tem que ter um dono.
Assim caminha Ipirá,lento,sem direção, sem desejo civico, sem comprometimento social e um aniquilador de jovens talentos que encerrada uma etapa da vida tem que cair no mundão das possibilidades.Levando no peito, um certo amor não correspondido por uma cidade que tem tão pouco a oferecer.
Com todas as perjorações do artigo a palavra camisão, quero aqui deixar os sonhos aqui encarnados mas não materializados de todos os nossos ipiraenses, que nasceram, foram criados ,estão longe,perto,dos que morreram na luta de um camisão que assumisse a maioridade de Ipirá,todos que apenas deseja que tenhamos dias melhores.
Camisão, pode existir em nossas mentes como um saudoso passado,das lembranças de historias, pessoas que lutaram e que o presente faça justiça a toda essa conjuntura.
Com certeza, não teriamos mais camisão como um perjorativo, mas como um doce lembrança de um infância que ficou para trás.Para trás!!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Coisas que você deve saber sobre o que mesmo?


Quando você vê alguma, não todas, lideranças esperneando, gritando(Não é por amor a causa coletiva, mas a sua causa).Geralmente é porque o pedaço do bolo da administração é pequeno e não dá para acomodar familiares e amigos.

O discurso de ideologia, de mudança é uma balela sem tamanho para enganar os mais vulneraveis a manipulação, e que na prática administrativa não muda muita coisa ou quase nada.

Que antes da campanha são elogios ao eleitor e exaltação as suas qualidades para um cargo público.Mas quando ganha a eleição o discurso muda o argumento" não era bem assim"

Que 100% que alguns politicos falam em sua frente, se 5% virar realidade você é um sortudo

Que para alguns qualquer projeto para IPirá,primeiro é o o projeto dele e o último o seu eleitor.

Que quando o seu telefone toca, ou existem acenos em públicos, ou um cidadão "ilustre" bate em sua porta, pode olhar para o calendario é ano de eleição

Que os cabos eleitorais, militantes são atores principais na reunioes que antecede as eleições e que depois das eleições,são figurinhas esquecidas para participar,ficando restrito a "cupula" o direito de indicar.O bolo quem faz são os militantes,agora o bolo quem "come" é os mais proximos.COmo é que é?

Que qualquer descaso, indignação, humilhação, o máximo de tempo que você pode suportar são 4 anos.A cada eleição é sua vez de ditar as regras e ser ouvido, ser o dono do pedaço, isso é se sobrou alguma coisa desse pedaço

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Deputado apresenta hoje proposta para garantir a segunda reeleição de Lula

Apesar da resistência pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um eventual terceiro mandato, o deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) promete protocolar na tarde de hoje na Câmara a PEC (proposta de emenda constitucional) que permite duas reeleições continuadas para prefeitos, governadores e presidente da República. O deputado conseguiu o apoio de 190 deputados --19 a mais do que o mínimo exigido. Ele fez a leitura da proposta hoje de manhã.

A matéria, no entanto, só começa a tramitar após a conferência das assinaturas pela Secretaria-Geral da Câmara.

Depois terá que receber parecer de admissibilidade pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), ter o mérito analisado por uma comissão especial que será criada para na sequência ser encaminhada ao plenário, quando terá que conquistar o aval de 308 deputados, em dois turnos.

A PEC precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até setembro -- prazo limite para mudanças na legislação eleitoral referentes à disputa de 2010.

O deputado disse que o tempo não será um problema. Segundo ele, há um acordo informal com alguns líderes de partido para assegurar a redução do prazo de tramitação da proposta nas comissões, facilitando a chegada do texto ao plenário.

"Tenho certeza de que não vamos enfrentar contratempos. O terceiro mandato é um desejo do povo. O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] pode até não querer, mas o povo quer", disse.

Barreto afirmou que nas últimas duas semanas foi procurado por muitos deputados, inclusive da oposição, favoráveis à mudança constitucional. "Tem gente do PT e de outros partidos, como o PMDB, PC do B, DEM, PSDB, que me dizem que eu externei um sentimento que eles também queriam colocar pra fora", afirmou.

Para o deputado, não há casuísmo na proposta. "Não sei porque este medo de alguns políticos desta proposta. Não pé golpe, não é casuísmo, é o eleitor no final quem vai dizer se aceita, se quer ou não mais um mandato de determinado político", disse.

O deputado evita falar sobre a outra proposta que também sido articulada por governistas e trata da prorrogação de todos os mandatos --de presidente, governadores, deputados e senadores-- por dois anos. "Essa não é a minha proposta", disse.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Fome de liderança em Ipirá

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Praticamente a Historia politica divide-se em duas forças: os conservadores que se mantém no poder e os reacionários que reagem para tomar o poder.Quem está no poder,naturalmente cria mecanismos para permanecer nele.Um deles é inibir qualquer embrião de novas lideranças.São forças que agem como "conservantes" para manter a durabilidade de vida no poder.Entre eles é evidente que a maxima maquiavélica está presente na ações onde os meios são feitos de qualquer forma, pois o objetivo final é manter-se no poder.A visão conservadora da relaçoes politicas é preservar essa estrutura de líder e liderados.Onde o que importa é manipular os liderados em função da elite conservadora que tem como principal meta está´proximo ao poder sempre , pois sua força, prestígio e capacidade de agregar vem dele,do poder.A força reacionária reage ao conservadorismo politico, querendo implantar um modelo de discussão participativa(aquela verdade defendida por todos que são reacionários, para tomar o poder com o povo para governar com alguns e quase sempre para alguns)Reacionário vem da palavra reagir , que no fundo as ações são destinadas para tomar o poder dos conservadores que não querem largar o poder.Foi assim desde do inicio, duas forças opostas ,com interesses comuns:O poder.Que quando bem usado se torna um instrumento de justiça social e de beneficios para o povo.Agora quando mal usado,hum..humm..
O que se vive em Ipirá hoje é um paradoxo de um grupo que inchou " a macacada" que é poder conservador e que quer a todo custo se preservar no poder.Macacada que antes era uma força reacionária ao conservadorismo da "jacuzada", que hoje(opss) é uma força reacionária.Os papéis foram invertidos,mas a máxima a mesma :poder.
Como a macacada tá inchando isso é uma lição da História, não demora a romper.Alguns dizem que isso é impossivel.Eu digo que é uma questão de tempo,sobretudo com as eleições do próximo ano.Se mudar as peças , muda todo jogo.Quem estava em cima fica lá embaixo e quem estava lá embaixo ganha força.As eleições de governo estadual vai decidir 30% das eleições para prefeito de 2012 em Ipirá.
No período de 1996 a 2000 Luis carlos e a jacuzada,na epoca como força conservadora, fizeram um compromisso de ficar no poder 20 anos no minimo.O grupo estava forte e se fortaleceu mais ainda na gestão.Veio a eleição de 2000 e com toda força quase perdia a eleição para Antonio e Dude com 6 meses de campanha.Dude na epoca foi revelado como uma nova liderança da macacada, forças reacionarias para tomar o poder do conservadorismo "jacu".Em 2004 , com um grupo esfacelado pela gestão de Luis Carlos, Diomario toma o poder e cria uma nova força politica em Ipira..Consolida uma liderança e agrega todo o grupo e torno de um ponto.Nesse momento Histórico Diomario consegue o apoio do PT, que juntos formariam uma base esmagadora para 2008.Vindo 2008, com toda pujança de um governo sério, coligado com bases fortes, ganha as eleiçoes com uma diferença não taõ desanimadora para a jacuzada.O conservadorismo da macacada vence os reacionarios da jacuzada..
Esse embate de duas forças dominou a História e domina a politica de Ipira.O que se traduz que nada é definitivo enquanto o desgaste no poder e nada revigorante quanto ficar fora dele por alguns mandatos.Não existe situação favoravel que possa ser conduzida para o futuro com tranquilidade sem esta sujeito a imprevisibilidade do jogo politico, que em uma democracia não cria um poder duradouro e indissoluvel..
Enquanto a força conservadora da macacada se anima no poder, a jacuzada planeja toma-lá e que dentro desse projeto de retomada, inclue a eleição para governo estadual, onde não seria nada bom para Diomário ter um Paulo Souto ou Geddel como governo da Bahia e para o PT municipal seria uma tragédia que criaria um espectro sombrio da participação do partido no governo de Diomario.
Com todas as conjecturas provaveis e improvaveis, o que se ver pela frente ´com certeza é uma racha da macacada que gira em torno de 5 nomes para prefeito.Ainda mais para intensificar esse quadro , se Jurandy perder a eleição para deputado estadual quer sua "vaguinha" na chapa..
São duas forças que mandam na História , e quem tem ditado tambem a politica de Ipirá.As alternãncias é um processo natural ,mesmo com toda força da macacada e toda aparente fragilidade da jacuzada.O poder desgasta qualquer um, como a ausencia dele revigora.È esperar para ver, eu que não estarei aqui para ver.Quando chegar perto de 2012,assistirei de camarote, o embate,onde as regras do jogo muda pouco.Assim como estou prevendo todo esse quadro, vejo mudanças tambem pessoal , término da faculdade de direito, independência politica , já conseguida para escrever o que quero, e para expressar o que sinto..
Entrei para vida partidária em 2000, em breve quero escrever um livro para memória do Ipiranese que nada é como aparenta ser,sobretudo nos bastidores da politica de Ipirá.A História vai mostrar isso e o tempo vai mostrar a verdade.
Um delas é que a realidade do dia a dia exigem novas lideranças

um olhar sobre liderança



Especialista americano diz que governante todo país tem. Já os líderes de verdade são exemplos raros de ver no poder
O cientista político americano Fred Greenstein, 72 anos, diretor do centro de pesquisas em lideranças políticas da Universidade Princeton, é um dos maiores especialistas no mundo da psicologia do poder. No último de seus cinco livros sobre o assunto, The Presidential Difference: Leadership Style from FDR to Clinton (Diferenças Presidenciais: a Liderança de Roosevelt a Clinton), Greenstein disseca as qualidades e o estilo de onze ex-governantes dos Estados Unidos.
Em sua pesquisa, ele mostra que a liderança é uma qualidade de nascença. Alguns líderes, no entanto, só apresentam essa vocação quando enfrentam uma situação-limite. Greenstein gosta de citar o exemplo do ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, considerado uma figura sem carisma até os ataques terroristas ao World Trade Center. Depois do episódio, Giuliani revelou-se um líder forte e popular.
Nesta entrevista, Greenstein fala sobre os líderes mais marcantes da história, como Winston Churchill e Nelson Mandela, e diz que governantes populistas como Getúlio Vargas teriam pouco espaço nos dias de hoje.
– Liderança é qualidade de nascença?
Greenstein – Sim, a liderança é um aspecto da personalidade, uma característica que alguns indivíduos têm e outros não. Isso não quer dizer que essa qualidade vá aparecer desde cedo. Existem os líderes que chamo de óbvios porque na infância ou na juventude já se colocavam à frente do grupo de pessoas com quem se relacionavam. Eles apresentam características da liderança muito evidentes, como Franklin Roosevelt, por exemplo. Moisés foi um líder bíblico com uma vocação clara, assim como o general romano Júlio César. Os estudos sobre o assunto mostram, no entanto, que homens que jamais se destacaram na liderança podem se tornar grandes líderes quando o ambiente ou o contexto histórico em que vivem são favoráveis a isso. Se não fosse a oportunidade, eles poderiam passar sua existência sem desenvolver essa qualidade com que nasceram, mas da qual não tinham sequer consciência.
– Então qualquer pessoa pode descobrir que tem vocação para ser líder de uma hora para outra?
Greenstein – Há pessoas que são mais apagadas, sem sal, ou que aparecem como figuras antipáticas e arrogantes. Aí, de repente, num ponto da vida, se vêem forçadas a enfrentar uma situação-limite, uma crise de altas proporções, e se revelam líderes brilhantes. Digo que as situações críticas são um teste à liderança. Olhe o caso de Rudolph Giuliani. Ele era prefeito de Nova York quando desabaram as torres do World Trade Center. Antes dos ataques, Giuliani era controverso na cidade, tido como um político hostil e agressivo, sem popularidade. No fim do mandato, ele viu-se com a responsabilidade de organizar um caos e virou outro tipo de governante: enérgico, focado, bom de discurso, popular – genuínas características da liderança que ele próprio nunca tinha sido capaz de identificar.
– É possível governar sem ser líder?
Greenstein – Por definição, governantes estão oficialmente em posição de liderança. Essa é a definição dos dicionários de ciências políticas, mas na prática do poder a maioria deles toma muito poucas iniciativas. O tipo mais comum de governante é aquele que reage aos fatos, e não o que cria novas situações, planeja estratégias e consegue enxergar um passo adiante. Ou seja: a maioria dos que ocupam cargos de líder não atua como tal. Os líderes de fato, muito mais raros, são bem recompensados. Conseguem manter-se no poder durante mais tempo que os outros e a história lhes confere o status de modelos desejáveis, em alguns casos símbolos de correntes políticas que se perpetuam. Dois líderes do tipo forte foram Nelson Mandela e Winston Churchill, e dois entre os menos expressivos foram George Bush (pai do atual presidente americano) e John Major, ex-primeiro-ministro britânico.
– Quais são as características que diferenciam esses líderes que o senhor citou?
Greenstein – Há muitos tipos de líder, e gosto de destacar três. A primeira categoria é dos líderes que marcam diferença por ser grandes estrategistas, objetivos e com visão de futuro. O legado deles é o método. O segundo tipo tem forte poder intelectual, mergulha com intensidade nas questões teóricas, disseca e diagnostica problemas como ninguém. São líderes que deixam idéias originais, com marca própria. E um terceiro tipo chamo de líderes inspiradores. Eles entendem as demandas do povo, suas paixões, conseguem associar-se emocionalmente às pessoas. Os maiores líderes da história têm força porque reúnem método, intelecto e a habilidade de tocar no sentimento de seus liderados.
– Carisma não é condição necessária à liderança?
Greenstein – Essa idéia é bastante propagada, mas a realidade é que falta carisma a muitas pessoas que ocupam a cadeira de líder. John Major era motivo de piada nos círculos do poder porque dava sono nos interlocutores e, no entanto, virou primeiro-ministro inglês. É possível passar uma temporada no poder, em postos importantes inclusive, sem ter o carisma como qualidade. De modo geral, esses políticos deixam os holofotes e são rapidamente esquecidos. Já os líderes carismáticos são mais fortes e poderosos porque têm a habilidade de deixar as pessoas a sua volta hipnotizadas, prontas para segui-los e para se sacrificar em nome de objetivos que sentem ser também os delas. O carisma é um aspecto do poder que ajuda a distinguir um líder da melhor estirpe de um político comum.
– O poder no século XXI ficou mais sofisticado?
Greenstein – Sem dúvida. A começar pelo aspecto puramente visual. Sempre quando assisto aos documentários sobre os grandes líderes populistas do passado, como Juan Domingo Perón e Getúlio Vargas, parecem fora de moda, de tempo e espaço. Eles conseguiram estabelecer um eficiente elo emocional com o povo, mas seu gestual é hoje pouco persuasivo, difícil de convencer. Sinto que estou vendo uma peça de atores canastrões, com diálogos rasteiros e sem profundidade. Esse tipo de discurso pouco elaborado está em extinção. Hoje, quanto mais avançada é a democracia em um país, menos o seu povo se deixa seduzir por argumentações superficiais e pouco elaboradas.
– O diploma escolar ajuda?
Greenstein – Estudo não é pré-requisito para a boa liderança, como o são o método, a inteligência ou a sensibilidade. Claro que é positivo. Quem estuda adquire mecanismos para organizar melhor as idéias e evidentemente aumenta o repertório de referências históricas e culturais. É um patrimônio pessoal importante, mas não imprescindível. Até porque é possível preencher as lacunas deixadas pela falta do estudo formal com leitura ou mesmo com uma boa rede de informação. O que não dá é ensinar alguém a ter magnetismo ou inteligência para liderar.
– Entraram novas habilidades no conjunto de pré-requisitos que um líder precisa reunir?
Greenstein – Sim. O tipo de inteligência que um líder deve ter hoje é muito mais analítica, porque o mundo está mais complexo, cheio de variáveis, interligado por relações políticas e econômicas. Então não basta concentrar informação e juntar a com b. Hoje um líder acorda todo dia diante de centenas de possibilidades e precisa estar preparado para tomar suas decisões com extrema solidez emocional. Nas democracias modernas, habilidade política é um pré-requisito absolutamente essencial. Um líder não sobrevive sem isso.
– É mais difícil ser um líder democrático ou um ditador?
Greenstein – Um líder democrático, claro. O líder democrático não só lida com o processo decisório, mas também precisa convencer pessoas com interesses antagônicos de que suas metas são factíveis e desejáveis. Isso exige talento para a liderança. Com os ditadores a coisa é diferente, porque a eles só é colocada a primeira parte do problema, que é decidir. O resto é feito na base de ordens, o que demanda muito menos habilidade política. Há ditadores como Fidel Castro e os governantes no continente africano que, apesar de sua longa temporada no poder, não conseguiriam ser eficientes líderes em nações democráticas. O mesmo se aplica a Hitler e Mussolini, que ganharam espaço num tempo e lugar da história.
– Em seus estudos, o senhor se refere à importância da presença física de um líder. A aparência conta muito?
Greenstein – O que faz diferença é ter uma presença forte. A beleza e o charme são atributos que podem vir associados a isso e funcionar bem. O caso de John F. Kennedy é um clássico exemplo de como a mistura pode ser bem-sucedida. Na eleição que disputou com Richard Nixon, em 1960, quem ouvia os dois debatendo no rádio achava Nixon muito mais convincente. Aí veio o debate na televisão, e um Kennedy bonitão e seguro contrastou com um Nixon cinzento, recém-saído do hospital e com a aparência debilitada. Gosto de frisar os vários exemplos em que a beleza não entra em questão e só o que conta é a solidez da imagem. A história é farta em casos de políticos feios e atarracados que quando apareciam em público tinham uma presença tão forte que o público não conseguia desgrudar os olhos deles.
– Quem o senhor citaria?
Greenstein – Winston Churchill é um bom exemplo. Estava longe de ter uma aparência hollywoodiana, mas para os ingleses sua imagem transmitia tenacidade, determinação. Na França do século XIX, quem olhasse para Napoleão jamais diria que aquele homem fisicamente inexpressivo adquiriria uma aparência tão forte e marcante no exercício do poder. A boa aparência pode ajudar, como mostra o exemplo de Kennedy, mas o que mais conta é a postura diante dos liderados, o que nos revelam os casos de Churchill e Napoleão. Acho que os homens que hoje fazem marketing político estão centrados demais na aparência. Aprimoraram suas técnicas de manipulação da imagem, mas estão tão animados com suas descobertas que ainda não se deram conta de que os exageros podem atrapalhar.
– Como?
Greenstein – A interferência pode resultar em uma imagem artificial e o efeito ser negativo. Durante os oito anos em que Hillary Clinton desempenhou o papel de primeira-dama dos Estados Unidos, foi muito criticada, e uma das razões para isso era sua notória preocupação com a aparência, identificada como um traço de superficialidade. Toda semana Hillary vinha a público com um novo penteado. Atualmente, como senadora, ela aprendeu a se desvencilhar desse glamour. Mantém uma imagem só e, por ironia, foi desse jeito que ficou mais apresentável. O excesso de intervenção na imagem natural pode produzir um desagradável efeito bumerangue, que se volta contra o próprio político. Isso acontece porque o público já está educado o suficiente para detectar a insinceridade. No exercício do poder, o político se refina e aprende a equilibrar essas coisas.
– Quais são as características que os bons líderes têm em comum?
Greenstein – Por definição, bons líderes são pessoas diferentes da média. Eles têm mais determinação que os outros. São mais eloqüentes que os outros. Sua presença é tão marcante que ficam na memória das pessoas. O gestual ajuda. Bons líderes costumam ter gestos largos e até teatrais. Usam as palavras com precisão cirúrgica, sabendo aonde querem chegar com um discurso. Gosto de sublinhar que a determinação não está associada necessariamente à permanente agressividade de postura. É bom lembrar que o trunfo de alguns líderes, como Kennedy, foi saber sorrir para seus liderados. Nenhum líder do primeiro time, no entanto, passou pelo poder sem precisar atuar de modo agressivo inúmeras vezes. Por isso a liderança não é para qualquer um, é um dom.
– Até que ponto uma pessoa pode desenvolver algumas dessas características que o senhor citou?
Greenstein – É possível ensinar uma pessoa a organizar um trabalho de equipe e a educar seu olhar para aspectos fundamentais da chefia, como técnicas para estimular funcionários e aumentar a produtividade. Gente especializada pode também dar conselhos a políticos para que desenvolvam uma comunicação mais eficiente. E só. Quem prometer mais estará mentindo. Não acredito em palestras que garantem produzir grandes líderes com teorias mágicas. Elas viraram febre e ganharam popularidade porque as pessoas se sentem cobradas a agir como líderes no ambiente moderno de trabalho. E o pior é que esses cursos propagam estereótipos de liderança que não correspondem à realidade.
– Quais estereótipos?
Greenstein – Propagou-se a idéia de que líder de verdade é o falante, piadista, competitivo e, de novo, o tipo agressivo. Os estudos nos melhores centros especializados do mundo mostram que o líder com a postura mais doce e tranqüila pode ser tão eficiente quanto o outro. Em meu último livro, descrevo a personalidade de onze presidentes americanos, e um deles, Dwight Eisenhower, que assumiu a Presidência aos 62 anos de idade, era visto como um avô afetuoso. No ambiente de trabalho esses não costumam ter vez. Pessoas de postura mais fechada são freqüentemente barradas na porta de entrada das grandes empresas. Embora os estudos demonstrem que esses possam ser líderes mais eficientes, acabam derrubados pelo estereótipo.


"O tipo mais comum de governante é aquele que apenas reage aos fatos. A maioria dos políticos que ocupam a cadeira de líder não atua como tal."

"Por definição, bons líderes são pessoas diferentes da média. Eles têm mais determinação que os outros. São mais eloqüentes que os outros. Sua presença é tão marcante que ficam na memória das pessoas. O gestual ajuda. Bons líderes costumam ter gestos largos e até teatrais. Usam as palavras com precisão cirúrgica, sabendo aonde querem chegar com um discurso."

quinta-feira, 14 de maio de 2009

DEU NA RH

Quem já não sentiu preocupação quando o final do mês chega e é hora de fazer as contas para honrar as dívidas? Ou então, ouviu algum conhecido dizer que está com a “mão na cabeça”, porque gastou mais do que devia e comprou algo supérfluo? Seja no primeiro ou no segundo caso, muitas pessoas encontram dificuldades para manter o equilíbrio financeiro, ou seja, gastar apenas o que realmente está dentro de sua realidade econômica.
Quando isso ocorre, a preocupação com as dívidas não fica apenas restrita ao ambiente familiar e muitos profissionais, mesmo sem perceber, acabam por deixar os problemas financeiros caminharem para dentro do ambiente de trabalho. O resultado é que o desempenho dessas pessoas termina sendo prejudicado, pois mesmo presentes fisicamente na empresa não conseguem deixar de lado as preocupações com os compromissos que podem ir desde um empréstimo para a aquisição de um carro ou até à quitação de parcelas da casa própria. Não importa o “tamanho” da dívida que foi contraída, a preocupação vai estar voltada para a questão: como vou conseguir pagar o que devo?
Para que os funcionários apresentem um melhor desempenho e não deixem os problemas financeiros tornarem-se um “fantasma”, muitas empresas investem na educação financeira dos colaboradores, através da contratação de especialistas que podem dar boas orientações para quem está no “vermelho”. Em entrevista concedida ao RH.com.br, Altemir Carlos Farinhas – consultor financeiro, administrador de empresas, pós-graduado em Finanças pela SPEI e autor do livro “Cura! Há Solução Para Sua Vida Financeira”, apresenta soluções para “salvar” os endividados e explica como as organizações podem auxiliar os colaboradores a se reeducarem financeiramente. “Acredito que o grau de endividamento dos colaboradores seja o maior já registrado no Brasil”, alerta. A entrevista na íntegra segue abaixo e é toda sua. Boa leitura!
RH.COM.BR - Há quem afirme que ao chegar ao trabalho, consegue deixar de lado preocupações pessoais como, por exemplo, o acúmulo de dívidas. O Sr. acredita que isso é possível?
Altemir Carlos Farinhas - É ilusão dizer que as pessoas não levam os problemas de casa para o trabalho e vice-versa. A não ser que tenham criado um micro chip que uma vez instalado no cérebro regule o hipotálamo e o sistema límbico do trabalhador, impedindo qualquer comportamento emocional. Vamos utilizar como exemplo o medo. Não existe uma pessoa que não tenha medo, todos têm medo de alguma coisa, mas existem pessoas que dominam o medo. Assim como existem pessoas que por mais tristes, ou preocupadas não deixam transparecer suas emoções, são excelentes atores. Dívidas causam ansiedade, a ansiedade estanca o prazer de viver, fomenta a irritabilidade, estimula a angústia e gera um universo de doenças. Tensão emocional, aperto no tórax, cefaléias, dores musculares, fadiga excessiva, sono perturbado, transtornos alimentares, entre outras reações.

RH - A performance de uma pessoa com problemas financeiros geralmente é diferenciada daqueles profissionais que possuem as finanças equilibradas?
Altemir Carlos Farinhas - É fato que não ocupamos nem 10% da nossa capacidade mental. Problemas financeiros ocupam tanto espaço em nossa mente, que prejudicam a concentração e o raciocínio, impedindo qualquer planejamento e reação. Uma pessoa equilibrada financeiramente desenvolve facilmente os seus projetos, e é muito participativa em reuniões de trabalho. Já a pessoa com problemas financeiros, é um mero coadjuvante, seu corpo está na sala de reuniões, sua mente está lutando contra taxas de juros, cartão de crédito, empréstimos e contas a pagar.

RH - Existe alguma fórmula que permita o indivíduo saber se suas finanças estão "no vermelho"?
Altemir Carlos Farinhas - A pessoa precisa fazer o O.F.F. - Orçamento Financeiro Familiar -, que nada mais é do que escrever todas as suas receitas e as suas despesas. A conta final é simples: receitas menos despesas, caso o resultado seja negativo a pessoa está gastando mais do que ganha. Se o resultado for zero a pessoa gasta tudo o que ganha. E se o resultado for positivo, bom sinal. Sobram recursos para investir. Outra conta que deve ser feita é o I.ET. - Índice de Endividamento Total. Total das dívidas dividido pela receita líquida multiplicado por 100 é igual ao I.E.T. Por exemplo: 350 reais divididos por 1.000 reais vezes 100 é igual a 35%. O indivíduo comprometeu 35% dos seus ganhos e qualquer número acima de 30% é muito preocupante.

RH - Que fatores mais influenciam o domínio do dinheiro sobre uma pessoa?
Altemir Carlos Farinhas - No mercado financeiro entendemos que dois fatores influenciam, um é o medo e o outro a ganância. O medo impede a pessoa de crescer financeiramente. Por exemplo: o rico joga para vencer, o pobre para não perder. A ganância afeta muito mais o rico, que é capaz de apostar alto e perder tudo. Como podemos observar essas duas forças contrárias determinam o domínio do dinheiro sobre uma pessoa. Dinheiro não tem sentimento. Quando os desejos superam as necessidades, a pessoa age irracionalmente e gasta mais do que ganha. Em muitos casos entra o que eu chamo de “Lei do Merecimento”, por alguma situação adversa - briga com marido, namorado, patrão - o indivíduo sai às compras, e para compensar, presenteia-se.

RH - Por que tantas organizações têm investimento na reeducação financeira dos colaboradores?
Altemir Carlos Farinhas - Acredito que o grau de endividamento dos colaboradores seja o maior já registrado no Brasil. Essa hipótese não é vista pelo volume de contas em atraso ou indicadores da Serasa, Seproc e outros. Faço essa conjetura com base no número de empréstimos consignados, compras de automóveis com prestações de até 96 meses, volume de cheque especial e cartões de crédito. Grandes empresas observam o volume de funcionários que vêm solicitando adiantamento de férias e até demissão para conseguirem recursos e fazerem frente a tantas dívidas. Um ótimo exemplo é a COPEL - Companhia Paranaense de Energia Elétrica. A empresa oferece palestras sobre educação financeira, o que cria junto aos colaboradores o reconhecimento e o estímulo para a reeducação financeira. Com esse reconhecimento oferece cursos onde o assunto é tratado de forma detalhada, obtendo-se melhores resultados. A empresa inseriu o tema no PPA - Programa de Pré-Aposentadoria -, e na SIPAT.

RH - De forma prática como a educação financeira deve ser disseminada no ambiente corporativo e qual o papel do profissional de RH nesse processo?
Altemir Carlos Farinhas - Primeiro é preciso conquistar a atenção do colaborador para o tema. A palestra é apenas o começo da caminhada rumo à reeducação financeira. Acreditamos que a melhor maneira de se aprender sobre educação financeira pessoal, é transmitir esse assunto tão sério de forma descontraída, dinâmica e prática. O objetivo final é que cada participante seja capaz de buscar uma vida melhor. O segundo passo é proporcionar um curso de educação financeira pessoal, onde o assunto será tratado com maior profundidade. É durante o curso que a pessoa vivencia seus problemas em relação ao dinheiro, observa que o problema não é somente seu, que apenas muda de endereço, que não é uma questão de cultura ou salário, mas sim de hábitos e atitudes corretas. Com essas ferramentas proporcionam-se estímulos e instrumentos, para que as pessoas melhorem seus hábitos financeiros.

RH - É importante que a educação financeira deva ser extensiva aos familiares do colaborador com problemas de endividamento?
Altemir Carlos Farinhas - Parabéns pela pergunta. Essa é a visão correta do problema. Ë necessário encontrar a fonte, pois quando conhecemos a causa, elimina-se o efeito. Muitas vezes o problema está no sistema, na família, e quando todos participam é mais fácil detectar as fraquezas e encontrar as forças necessárias para o equilíbrio financeiro.

RH - Existe uma "crença" de que as pessoas que ganham salários mais baixos são as mais endividadas. Isso corresponde à realidade?
Altemir Carlos Farinhas - Não é bem assim. As pessoas com salários mais baixos assumem vários compromissos financeiros, movidos pelo marketing, pela facilidade de crédito, por diversos apelos. Um dado importante é que muitas assumem compromissos que podem pagar, e com isso conseguem mobiliar a casa, comprar eletrodomésticos, computadores e outros produtos que antes eram apenas um sonho. Em muitos casos o erro das pessoas que ganham pouco é fazerem a conta do “CABE”. Eu ganho 800 reais uma prestação de “oitentão” cabe. Só que 80 reais equivalem a 10% do salário, não é o quanto “cabe” é o quanto eu posso. E isso a pessoa só fica sabendo depois de fazer Orçamento Financeiro Familiar. A classe média é quem vai pagar a conta. Em sua maioria não aceita uma queda no padrão de vida, procuram manter uma vida de aparência e com isso alimentam o monstro do endividamento. As pessoas compram o que não precisam, com o dinheiro que não possuem para agradarem pessoas que nem ao menos gostam.

RH - Quem recebe um salário alto se sente tentado a gastar mais e contrair, conseqüentemente, dívidas preocupantes?
Altemir Carlos Farinhas - É a pirâmide de Maslow, assim que uma necessidade é suprida aparece outra. Infelizmente o ser humano é altamente influenciável, e quando ganha mais começa a viver em outra esfera, outro grupo de pessoas, outro padrão de vida. Se a pessoa não aprendeu com seus erros, está fadada a comprometer o novo salário e mais um pouco.

RH - Algumas organizações oferecem linhas de crédito, com desconto na folha de pagamento. Essa é uma boa alternativa para tirar os funcionários do pesadelo das dívidas?
Altemir Carlos Farinhas - Observando o lado prático e técnico, é uma boa alternativa. Juros mais baixos que os praticado no mercado, facilidade para obter o empréstimo e para o lado do credor a garantia que irá receber. Porém, costumo reforçar em meus cursos que “a facilidade aprisiona” ou “cavar um buraco para tapar outro não resolve”. O profissional de RH deve proporcionar palestras ou cursos antes de oferecer essa alternativa. É necessário que o indivíduo primeiro faça um planejamento financeiro, para saber o quanto pode assumir de prestação e negociar melhor o pagamento de suas dívidas. Na maioria das vezes, os empréstimos consignados não são bem conduzidos e o pesadelo das dívidas aumenta e a cada mês o funcionário ao receber o “CHOLERITE”, fica insatisfeito com a empresa e não com a financeira.

RH - Que orientações o Sr. daria a uma pessoa que acumulou dívidas que fugiram ao controle?
Altemir Carlos Farinhas - Procure manter a calma, nada que é feito em momento de nervosismo ou por impulso trará bons frutos. Quem deve ficar sem dormir, nervoso, irritado, preocupado mesmo é o credor, pois quer receber o seu dinheiro de volta.
Regra número 1: faça junto com a família o Orçamento Financeiro Familiar. Despesas ruins devem ser cortadas e as demais reduzidas.
Regra número 2: relacione todas as suas dívidas, taxas, prazos, prestações, saldo devedor. E escreva um histórico da compra, o motivo que o fez assumir essa dívida.
Regra número 3: negocie sempre, mas sempre, em primeiro lugar com o seu credor. Não havendo acordo procure financiamentos com taxas de juros mais baixas e mude o perfil de sua dívida, seja alongando o prazo ou reduzindo o saldo devedor. Anote tudo, nome da pessoa com quem você está falando, número de protocolo, qual foi a sua proposta, qual a proposta do credor.
Regra número 4: saiba que você pode. Nenhum problema é maior que você ou sua família. Se o problema é muito grande, vai demorar um pouco mais de tempo, mas você resolve. Busque em você algumas soluções, vender o carro, televisão, fazer dinheiro com alguma coisa que você pode abrir mão. Não é vergonha retroceder para depois avançar.
Regra número 5: para não se endividar e evitar compras desnecessárias faça três simples perguntas - Eu quero? Eu posso? Eu preciso?

AS FACETAS DA CRISE


Em momentos de crises existem duas correntes principais que fazem uma leitura da situação:Uma que a crise é uma oportunidade para refazer seu padrão de ação, estimulando a criatividade e o jogo de cintura; a outra, é que a crise é crise não existe nada de estimulante por trás dela.
Mas, a grande verdade é que a crise cria um ambiente de desordem para o crescimento de qualquer empreendimento,causa desgaste emocional e desequilibra até o mais planejado dos mortais.Seja empresa, individuo, todos nós estamos vulnerabilizados com a crise, que pode ser para alguns uma oportunidade, para outros um fracasso, para outros um recomeço.Seja qualquer interpretação que se dá a palavra crise, nela está embutida um momento de conflito, de insegurança provocada que todos tem que passar, mesmo que lá na frente se transforme em uma oportunidade ou mudança de vida.No entanto é preciso dizer que o periodo vivencial da crise, é um ponto de desequilibrio.Se caminha por ela, não tendo bem a certeza no que vai acontecer lá na frente.
o medo do futuro, a incerteza de uma solução lógica, são elementos proprios da crise.Não tem como separar essas realidades da palavra crise.E quando você ouve em palestras motivacionais a maneira que eles apresentam o conceito crise com uma docilidade como se fosse um aprendizado saudavel,não passa de palavras que não fazem muito efeito na vida real.MOtivar, é um coisa, agora criar uma falsa sensação de que é facil, é uma mentira sem tamanho.Ninguem gosta de crise seja qual for ela , todos nós queremos chegar a um objetivo estabelecido da maneira mais comoda possivel,sem sobressaltos.O que não deixa de ser outra mentira sem valor pratico.
Com crises, sem crises, vista como uma oportunidade, como um fracasso, caminhamos assim pela vida,ora em lágrimas, ora em alegrias..Na inexoravel oscilação da vida, sua vida oscilará,em alguns momentos de vale em outros momentos de pico de montanhas.Precisamos aceitar essa duplicidade das vivencias e nunca perder de vista que tudo flue e gira e que nada fica como está.Por maior que seja o deserto de alguns, e as alegrias da abundancia de outros, tudo oscila,e devemos está sintonizados com a humildade de aceitar o que não podemos mudar e mudar o que é possivel para nós ser mudado.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"São uns babacas"


O Deputado Ciro Gomes é um exemplo da relaçao sem sentido de politico e eleitor nesse país.Depois de várias asneiras que dissera na campanha passada, se revelando um impulsivo e descontrolado, ele , segundo uma pesquisa Datafolha , aparece no primeiro ou segundo lugar a depender do cenário.A ultima dele foi falar palavroes com os jornalistas e foi contra as medidas que a camera criou para acabar essa farra de passagens.Chamou todo mundo de "babaca" e brincou com a cara do brasileiro ao vivo, sem cortes.
O interessante é que o eleitor em sua maioria continua tendo Ciro como nome forte,em seus quase 3 anos e meios de anonimato na camera,e quando surge de um mandato ápatico, é em defesa de seus interesses como deputado.Dentro de um padrão lógico de escolha um candidato, Ciro já estaria fora do round a muito tempo.Mas ainda temos uma escolha baseada no carisma e na simpatia alimentada por currais e por uma certa generalizaçao.O eleitor brasileiro alimenta ainda uma capacidade minima para avaliar candidatos, o que se traduz na camera hoje.O Eleitor, dá sobrevida aos Sarneys que se sustenta em imperio financeiro da familia em detrimento da miséria quase coletiva do estado que governa a algum tempo.
São tantas figuras que só se mantem vivas pela incapacidade de produzirmos eleitores criticos e abertos a mudanças.O ambiente politico hoje no Brasil é o lugar mais conservador e mantenedor de realidades injustas, que sobrevive em um circulo vicioso onde injustiças alimenta eleitores ápaticos e eleitores alimenta as injustiças.O grande problemas nosso não são os Severinos que vem e vão são as bases que mantem as criaçoes para novos "Severinos" e o povo tem sua grande parcela de culpa..
Aqui fico com Ciro e sua sobrevivencia politica e com minha liberdade de escrever o que Ele mesmo mandou " pode escrever o caralho" disse ele." são uns babacas" reafirma Ciro.È Deputado nesse ponto concordo com você

a sombra dos radicais

A base governista trabalha nos bastidores para respaldar um terceiro mandato de Lula.Isso alteraria uma conquista democratica de grande valor e representação para o país.Seria uma afronta a um longo periodo de realizaçoes e estabilização da nossa politica.
Apesar de existir uma oposição cada dia mais forte a esse desejo de uma ala dos partidos aliados,o proprio presidente cuja sensatez foi demonstrada em dois mandatos na condução do país ,não cederia a essa manifestação tão autoritária e transgressora da nossa constituição.Lula é o maior expoente politico da atualidade na politica Brasileira e que consolidou uma imagem de centro na condução da economia e de esquerda nas politicas sociais,e que cuja força tirou Dilma do anonimato e transferiu doze pontos na pesquisa.Para inicio isso é de um vigor eleitoral de grande singularidade e que tem tendência de crescimento.
O que não pode é o proprio partido PT achar que tem só Lula para continuidade ao projeto e querer criar novas regras para o Jogo
O PT , apesar da preferencia de Lula por Dilma, tem alguns nomes que pode com o apoio de Lula nivelar a corrida presidencial.Um deles é O Antonio Palocci, que tem uma grande aceitação na base governista e um grande respeito pela classe empresarial na maneira pragmatica como conduziu a economia quando fora Ministro da Fazenda.
O que não podemos aceitar é alguns radicais do partido, coloque a Historia do partido em jogo, que sempre foi uma referencia democratica na construção do nosso Pais.
O PT mostrou Lula, o imbativel no confronto direto com qualquer politico do momento,mas não pode viver a sombra do presidente.O partido tem que ser maior que Lula, e que na sua essencia ,ainda é um embrião de grandes politicos.E que nesse novo momento, é a oportunidade não para trasgredir, mas para mostrar sua qualidade de debate e soluções para o país
Se não for com Dilma, será com outro nome,mas tudo dentro de regras da democracia.Esse sim é o verdadeiro PT que honra sua Historia

deu na tribuna

Político baiano que vem de uma longa permanência nos bastidores de Brasília assegura: o presidente Lula está cada vez mais inclinado a trabalhar com a hipótese de dois palanques na Bahia para o candidato do PT a sua sucessão. Entendendo cada vez mais difícil a pacificação entre petistas e peemedebistas, Lula admite a possibilidade de o governador Wagner e o ministro Geddel se enfrentarem pelo governo do Estado, ambos apoiando, se for o caso, a candidatura da ministra Dilma à presidência.

Lula, que chegou a pressionar seu ministro para manter a aliança na Bahia, concluiu que, diante da radicalização nas bases estaduais, teria pouca chance de êxito e comprometeria seu esforço pela causa maior, que é a aliança nacional entre os dois partidos. Aceitaria o palanque duplo, preferível, em último caso, a um acordo entre Geddel e os serristas militantes Paulo Souto, César Borges e ACM Neto, todos do DEM.

Não seria a primeira posição heterodoxa de Lula com relação à política baiana, já que em 2004 deixou o candidato petista à Prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, "na saudade", ao receber em palácio o adversário César Borges, do então PFL, ao lado do senador Antonio Carlos Magalhães. Em 2008, o presidente repetiu a dose, abandonando Walter Pinheiro, numa prova de que a macropolítica se impõe, necessariamente, às questões paroquiais.

Jaques Wagner não toma a decisão de confirmar a aliança com o PMDB porque enfrenta forte resistência dentro do seu partido, que, apesar da decisão favorável do Diretório Regional, tomada em março, está publicamente dividido. O hoje secretário da Justiça e Direitos Humanos, Nelson Pelegrino, por exemplo, quer o entendimento, mas o secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, permite-se declarações na imprensa que seriam mais eficazes no diálogo direto com o – digamos – aliado.Geddel Vieira Lima empurra sempre para mais adiante um posicionamento porque no seu caso seria abrir mão do poder sem saber exatamente que alternativa adotar, já que as circunstâncias eleitorais ainda vão mudar muito até outubro de 2010. Como não é de dar salto no escuro, o ministro vai pontuando esporadicamente seu inconformismo para que qualquer decisão que venha a tomar não seja imprevisível – o documento crítico que entregará amanhã a Wagner é mais um passo. O dilema do ministro tem um agravante: sua candidatura, a qualquer coisa e em qualquer dos lados, teria um nível de risco muito alto. Se tentar o governo numa coligação com o DEM, terá de fazê-lo longe do poder. Sozinho, enfrentará duas outras forças numa disputa espinhosa. Caso pretenda o Senado, poderia candidatar-se na chapa de Souto sabendo também que teria pelo menos três adversários duros. Na chapa de Wagner, não contaria com a garantia de apoio de parte das bases petistas, embora não viesse a ter o governo contra si.

A regular as movimentações de ambos, a soberana importância da eleição presidencial. Wagner não deflagará na Bahia a guerra entre PT e PMDB, que é latente ou ostensiva em vários Estados, tendo chegado a provocar declaração de Lula sobre seu interesse em mediar conflitos. Na briga baiana, o presidente já meteu a colher em visita a Salvador. Mas, pelos acontecimentos posteriores, parece que não conseguiu avanços.

sábado, 9 de maio de 2009

Em tempo


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.O PT e o PMDB na Bahia estão rachados.A aproximaçao do PMDB estadual com O Dem é uma demonstração visivel que o PMDB da Bahia na quer caminhar junto ao PT.
.A idéia inicial de Wagner, segundo circula nos bastidores, seria abrir espaço no governo para o PP, partido que almeja há meses fazer parte da base, utilizando para isso, entretanto, as pastas que hoje estão nas mãos de peemedebistas, a exemplo da de Infra-Estrutura, sob a responsabilidade de Batista Neves. Decisão esta que os peemedebistas não aceitariam em hipótese alguma e, conseqüentemente, acabariam por decretar o tão ensaiado rompimento. Vale ressaltar que a largada já foi dada por Maria Luíza, esposa do prefeito João Henrique, ainda que por motivos pessoais. Maria Luíza abandonou a base governista, embora declare apoioar os projetos de interesse do Estado

CHUVAS CAUSA ENORMES PREJUíZOS EM SALVADOR


As chuvas tem causado enormes prejuizos em Salvador.Já se contabilizam 5 mortes e 112 feridos decorrentes da chuva.A previsão é de chuva para esses dois dias

GREVE Á VISTA


Em assembléia realizada no último dia 29.04.2009, em Salvador, os policiais civis baianos definiram um cronograma de paralisações para os meses de maio e junho deste ano.
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A categoria, formada por agentes, escrivães e peritos técnicos, estarão com suas atividades paralisadas nos dias 11, 12 e 13 de maio em reprovação à proposta salarial apresentada pelo governo do Estado.
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Os policiais, além do reajuste salarial, ainda reivindicam o pagamento da URV e melhorias nas delegacias que sofrem com a falta de delegados, viaturas e espaços físicos.
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Ficou decidida na assembléia uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 20 de junho de 2009.

NOVO E O VELHO NO FRONT


Veima fraga é o novo secretário de infra-estrutura...
COm a ida de Veima para a secretaria , Tutu como suplente assume o seu lugar..
Enquanto isso ,O Dep. Jurandy Oliveira continua articulando..
Vamos ver o resultado de tudo isso no próximo ano...Nesse ganha e perde da sobrevivência política...
Tem alguns rumores por aí , que Pintadas receberá uma faculdade pública.E que Ipirá vai ficar chupando pirulito.
Cadê nossos representantes?
Conversei com O gerente do banco do Brasil, ele comentou a liberação de mais de 2 milhões para incentivo a agricultores de pintadas..E para Ipirá não saiu nada.
por que?
As associaçoes de Ipirá estão entravadas ou faltou interesse de alguns..

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A mata e seus discursos


A cada dia que passa a mata da caboronga vai assimilando seu processo de destruição.A passos largos têm perdido seu vigor natural com sua diversidade, enquanto do lado cá , existem debates constantes e discussões.E sempre andando em ritmo ciclico, as soluções não aparecem e sobram meras palavras.Esse ano o secretário de meio ambiente veio a Ipirá para dar um toque especial nesse vazio sem soluções.
Elogio a atitude dA AGAAB,mas somente a ONG não produzirá resultados que mude o destino da mata.
È irritante essa visivel demagogia de alguns que dizem se preocupar com o atual estado da mata, é que é apenas um discurso para exibição gratuita.Precisamos de pragmatismo,são anos e mais anos e o que podemos constatar é omissão e descaso da parte de todos os que detem poder para provocar soluções.Debate não resolve nada, pois as causas dessa tragédia ecológica é inteligivel para um aluno de ensino fundamental, o que precisa existir são açoes que envolva disponibilidade de recursos.De onde sairão recursos ?A melhor proposta que ouvi foi de Julival Soares que em sua disponibilidade, propõe que se forme um grupo de empresários e compre uma grande parte da mata e crie um projeto de restauração.
Quem se disponibiliza?Temos em Ipirá tantos empresarios bem-sucedidos que uma pequena quantia não faria falta para um questão tão nobre como o meio ambiente..Vamos visibilizar para Bahia que em Ipirá, empresários coloca a mão no bolso para mudar uma questão ambiental.QUe por sinal, a questão ambiental é um problema de todos, não apenas de entidades ou orgaõs publicos.Seria um projeto inovador, a classe empresarial de Ipirá assumindo os destinos da mata e posteriormente transformando em uma reserva de visitação publica.
Nesse dilema da mata,nesse ritmo de discussões, de exibicionismo sem resultados práticos, o que teremos é a extinção do que resta da mata.
A mata que matamos diariamente por omissão e por discursos.Apenas discursos.

Em tempo, a caminhada do dia 1 de maio, é absolutamente uma manifestação elogiavel.Mas nesse ritmo, a banda não vai passar