terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quatro pensamentos sem coerência e com sentido


Os militares escreveram na bandeira o lema ordem e progresso representando o ideal republicano da epoca que era um movimento elitista .Esse ideal influenciado pelo positivismo de Augusto Comte defendia que caberia a elite governar e ao povo trabalhar.Trabalhar sem reivindicar,sem se organizar e sem protestar.Um balsamo poetico para o coronelismo e quem deseja que o povo seja uma eterna massa de manobra..

Nao consigo ver na Historia do Brasil com raras exceções como o impeachment de collor e a primeira eleição de Lula se cumprir a máxima democratica que o poder é do povo e para o povo.
Tivemos como simbolo da independencia um principe portugues,da aboliçao uma princesa Branca,da republica um general monarquista,da revolução de 30 um ex-ministro do governo deposto,da "redemocratização de 45 um general que sustentou o estado novo e finalmente uma nova republica presidida por um politico que dirigiu o partido do regime militar e coordenou a campanha contra as eleições diretas para presidente da republica .Uma historia marcada de "solucoes do alto",pelas elites,sem povo ou com a manipulaçao do mesmo.
Portanto temos culturalmente o perfil do povo sempre apatico e esperando ser conduzido.Nunca como construtor da sua Historia



A globalizaçao nao tem volta..O mundo esta cada dia menor e de poucos ..O poder de mercado determina governos e os derrubam
.Cito o caso da captura e morte de Kadafi em uma verdadeira interaçao de produtos e interesses globalizados.
O ditador tentou fugir em um comboio de 80 carros com modelos japones,alemao,italianos e americanos.Os misseis que atacaram esse comboio foram lançados por um aviao nao tripulado comandado por pilotos em Las vegas a um distancia de 11 mil km .O ataque final veio de um jato frances com misseis produzidos na Russia.O uniforme que o Ditador estava vestido era um cáqui produzido na China e a bala que tirou sua vida é de fabricaçao espanhola.
Quem matou Kadafi foram os produtos e interesses do mundo globalizado.Interesses que ganham aparencia de ideias ,mas que no fundo aparece como aquela parte do iceberg escondida e camuflada que tem o poder de destruiçao. Nesse impeto de comemoraçao , os verdadeiros beneficiados sao os italianos e Franceses..Por que hein?Mas, e o povo Libanes? Isso é uma outra Historia

Perguntaram a Nelson Rodrigues o que ele entendia por processo eleitoral,ele respondeu : "Em miudos é assim tem os que estao dentro e os que estao fora"..





terça-feira, 4 de outubro de 2011

“Contra Um Mundo Melhor”, de Luiz Felipe Pondé




Em “Contra um Mundo Melhor”, lançado pela editora LeYa Brasil, Luiz Felipe Pondé publica ensaios sobre a filosofia do cotidiano. Os ensaios reúnem temas variados como a relação entre homens e mulheres; memórias da infância; fracasso; dinheiro; egoísmo e humildade. Fiel ao seu estilo contundente, o autor recusa lugares-comuns e uma postura conformista, procurando provocar o leitor para tirá-lo da apatia.
Filósofo e professor universitário, Pondé utiliza uma linguagem coloquial, entre o discurso acadêmico e o jornalístico, que tira as discussões filosóficas do ambiente restrito das salas de aula. Colunista do jornal Folha de S. Paulo, desde 2008, Luiz Felipe Pondé busca ampliar o diálogo que mantém com os leitores em sua coluna.
Para muitos, Pondé revitalizou o colunismo através de seu estilo polêmico e provocativo. Não por acaso, no ensaio inicial de Contra um mundo melhor o autor cita algumas vezes outro colunista controvertido, Nelson Rodrigues, a quem oferece o livro. “Hoje, faltam homens como ele: homens que não têm medo. Assim como ele, não acredito num mundo melhor e direi isso de várias formas diferentes até morrer”, diz Pondé.
Os ensaios possuem tamanhos variados, alguns mais curtos que outros, mas todos breves, de modo a facilitar a leitura e adaptá-la a um cotidiano apressado. O autor explica a opção pelos fragmentos afirmando que “a descontinuidade descreve melhor uma filosofia do afeto, que se move a sobressaltos, e também porque o cotidiano é descontínuo”. Reafirma seu ceticismo com frequência, o que o faz recusar a busca insistente por um mundo melhor, que para Pondé, é uma impossibilidade e também um falso objetivo.
Nos ensaios, ele denuncia o que chama de “marketing do comportamento”: discursos e posturas hipócritas com toques de sofisticação, que buscam mascarar a angústia e o sofrimento do mundo – o que, para o filósofo, constitui a essência do humano. “Porque o que nos humaniza é o fracasso”, diz. Pondé ainda explica por que decidiu escrever para não filósofos e por que não acredita em um mundo melhor:
“Cansei da filosofia, por isso comecei a escrever para não filósofos, porque a universidade, antes um lugar de gente inteligente, se transformou num projeto contra o pensamento. Todos são preocupados em construir um mundo melhor e suas carreiras profissionais. E como quase todas são pessoas feias, fracas e pobres, sem ideias e sem espírito inquieto, nada nelas brota de grandioso, corajoso ou humilde. Eu não acredito num mundo melhor. E não faço filosofia para melhorar o mundo. Não confio em quem quer melhorar o mundo. É isso mesmo: acho um mundo de virtuosos (principalmente esses virtuosos modernos que acreditam em si mesmos) um inferno”.
Ficha técnica do livro:
Título: Contra um mundo melhor: ensaios do afeto;
Autor: Luiz Felipe Ponde é colunista do jornal, A Folha de São Paulo;
Editora: LeYa Brasil;
Formato: 16×23, em brochura;
Páginas: 218;
Preço: R$ 39,90;

sábado, 1 de outubro de 2011