terça-feira, 8 de maio de 2012

Um encontro marcado pela Arte



    Um certo momento da vida , em sua dinâmica misteriosa de aproximar e distanciar as pessoas pelo o aleatório ou pelo suposto destino, cujo conceito è tão enigmático e sobre humano;nos encontramos no sentido mais pròximo do termo.Da conversa, da troca de afetividade e do respeito mutúo, tive boas e proveitosas conversas com Amenar Costa Santos.Era sempre nos dias de sábado pela manhã, ele aparecia,  naquela locadora que virou um atração especial para um ardoroso amante do cinema.Um tipo de cinema que ele falava com tamanha nostalgia do periodo áureo de hollywood, dos grandes atores como Gary Cooper, John Wayne, Humphrey bogart,Ava Gardner, Charlton heston..Eram vários atores de um periodo glorioso, que Ele assistia e reassistia como quem encontrou um encantamento que se renova pelo contato ,  não se desgasta pelo uso e que se revestia de uma lembrança que precisava sempre ser revisitada pelo próprio prazer de lembrar.Naquelas manhã de sábado, que o nosso querido Amenar compartilhou comigo uma pequena porção da sua vivência e com isso acrescentei ao meu processo de crescimento um tipo de informação impossivel de ser proferida apenas pelos làbios.Era algo que tinha que vim do coração e da gratificação da convivência
     A locadora encontra aqui seu status de cenário, rodeado de gigantes do cinema e nossa aproximação aconteceu por um motivo não apenas comercial ou politico, mas por amor á arte.A visita de Amenar era um saborosa experiência de contato com o bom gosto do que cinema produziu de melhor em toda sua História, era uma experiência de formação, da transferência de aprendizado e do prazer de aprender.Nunca com o tom professoral ,mas da informalidade revestido em um papo descontraido que de certa forma, alimentava a mente do  adolescente de esperança, de que o cinema não fosse apenas um produto fictício, mas  que retratasse o inconsciente coletivo da humanidade na busca de sua superação do medo e da personificação do heroísmo, virtude cada dia tão ausente do mundo real.O cinema naquele período se tornou não apenas meu ganha pão,mas um prazer e um meio que me aproximava de pessoas como ele.
   A perda de Amenar hoje, representa uma necessidade de uma cidade se reencontrar com o seu passado(jà que não fez em vida), de olhar com gratidão ,por termos produzido uma pessoa da estirpe de Amenar Costa Santos, cujo virtuosismo e porte enobrece a alma tão manchada do Ipiraense.Mesmo, que os discursos contrários que se alimentam de uma pequena passagem pela politica , e cujo os reais motivos daquele momento a maioria da população desconhece; ou então dos cèticos de plantão que imagina que esse artigo procura um virtude póstuma movida pelo sentimento da perda.O que procuro aqui è que nossas mentes revisitem com mais leveza a peregrinação humana dessa pessoa maravilhosa que conheci desde da minha adolescência, e aqui não pesa a minha inclinação emocional, pesa è uma certa justiça com o homem, o trabalhador , o pai,  que justificou de uma maneira muito propriamente dita digna de reconhecimento: uma palavra ainda presa em Ipirà a correntes partidárias e as idiossincrasias tão caracteristica da nossa terra.
  Aqui fica uma mistura tão humana de dor e gratidão.Do que foi recebido e do que foi tirado.Da compreensão dolorosa que somos movidos na vida com um destino comum a todos.Por isso que a palavra ‘’meu’’ è uma doce ilusão de uma alma imatura.Tudo que temos será arrancado de nòs um dia; é uma lei que não podemos mudar .Nada è nosso.Administramos uma existência como um presente divino dado.E chega um momento que a vida è tirada de nós e o que fica è lição de como esse pequeno tempo foi vivido.E Amenar justificou a vida  com uma maneira bem marcante de vive-la e de cabeça erguida o que enobrece  para sempre a alma do iPiraense.Obrigado Amenar!!

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