Um certo momento da vida , em sua dinâmica
misteriosa de aproximar e distanciar as pessoas pelo o aleatório ou pelo
suposto destino, cujo conceito è tão enigmático e sobre humano;nos encontramos
no sentido mais pròximo do termo.Da conversa, da troca de afetividade e do
respeito mutúo, tive boas e proveitosas conversas com Amenar Costa Santos.Era
sempre nos dias de sábado pela manhã, ele aparecia, naquela locadora que virou um atração especial
para um ardoroso amante do cinema.Um tipo de cinema que ele falava com tamanha
nostalgia do periodo áureo de hollywood, dos grandes atores como Gary Cooper,
John Wayne, Humphrey bogart,Ava Gardner, Charlton heston..Eram vários atores de
um periodo glorioso, que Ele assistia e reassistia como quem encontrou um
encantamento que se renova pelo contato ,
não se desgasta pelo uso e que se revestia de uma lembrança que
precisava sempre ser revisitada pelo próprio prazer de lembrar.Naquelas manhã
de sábado, que o nosso querido Amenar compartilhou comigo uma pequena porção da
sua vivência e com isso acrescentei ao meu processo de crescimento um tipo de
informação impossivel de ser proferida apenas pelos làbios.Era algo que tinha
que vim do coração e da gratificação da convivência
A locadora encontra aqui seu status de cenário,
rodeado de gigantes do cinema e nossa aproximação aconteceu por um motivo não
apenas comercial ou politico, mas por amor á arte.A visita de Amenar era um
saborosa experiência de contato com o bom gosto do que cinema produziu de melhor
em toda sua História, era uma experiência de formação, da transferência de
aprendizado e do prazer de aprender.Nunca com o tom professoral ,mas da
informalidade revestido em um papo descontraido que de certa forma, alimentava
a mente do adolescente de esperança, de
que o cinema não fosse apenas um produto fictício, mas que retratasse o inconsciente coletivo da
humanidade na busca de sua superação do medo e da personificação do heroísmo,
virtude cada dia tão ausente do mundo real.O cinema naquele período se tornou
não apenas meu ganha pão,mas um prazer e um meio que me aproximava de pessoas
como ele.
A perda de Amenar hoje, representa uma
necessidade de uma cidade se reencontrar com o seu passado(jà que não fez em
vida), de olhar com gratidão ,por termos produzido uma pessoa da estirpe de
Amenar Costa Santos, cujo virtuosismo e porte enobrece a alma tão manchada do
Ipiraense.Mesmo, que os discursos contrários que se alimentam de uma pequena
passagem pela politica , e cujo os reais motivos daquele momento a maioria da
população desconhece; ou então dos cèticos de plantão que imagina que esse
artigo procura um virtude póstuma movida pelo sentimento da perda.O que procuro
aqui è que nossas mentes revisitem com mais leveza a peregrinação humana dessa
pessoa maravilhosa que conheci desde da minha adolescência, e aqui não pesa a
minha inclinação emocional, pesa è uma certa justiça com o homem, o trabalhador , o
pai, que justificou de uma maneira muito
propriamente dita digna de reconhecimento: uma palavra ainda presa em Ipirà a correntes
partidárias e as idiossincrasias tão caracteristica da nossa terra.
Aqui fica uma mistura tão humana de dor e
gratidão.Do que foi recebido e do que foi tirado.Da compreensão dolorosa que
somos movidos na vida com um destino comum a todos.Por isso que a palavra ‘’meu’’
è uma doce ilusão de uma alma imatura.Tudo que temos será arrancado de nòs um
dia; é uma lei que não podemos mudar .Nada è nosso.Administramos uma existência
como um presente divino dado.E chega um momento que a vida è tirada de nós e o
que fica è lição de como esse pequeno tempo foi vivido.E Amenar justificou a
vida com uma maneira bem marcante de
vive-la e de cabeça erguida o que enobrece para sempre a alma do iPiraense.Obrigado
Amenar!!
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