sábado, 1 de novembro de 2008

Che , ser ou não ser eis a questão



Tinha que escrever em estado de urgência , em defesa da imagem de um Homem descontextualizado e decodificado segundo os mais insensatos motivos.Sabemos que, Che é revolucionário , colaborou em muito na mudança da Geopolítica da América latina.Sabemos que sua imagem é estampada em movimentos sociais que estão empenhados em mais justiça .Sabemos que, Che é uma figura emblemática e que têm um potencial enorme de uma nova reflexão dentro de uma visão social pós-moderna.È constatado, a admiração de muitos, jovens que se identificam com a beleza mítica da figura,e de alguns, com as idéias e seu sacrifício.E Che é lembrado sempre, não pelos livros que o mencionam em biografias não autorizadas, mas pela forma mais pratica, o seu rosto em uma estampa de camisa.Para muitos Che é um astro, um pop, um ícone de uma juventude sem referência que o procura como consumo ou status.Usar Che é inteligente, é diferente, é de um pensador , um jovem politizado.È fácil para se destacar no meio de pessoas que desconhecem até mesmo sua própria Historia.Imagine a de um argentino , que lutou em Cuba e foi morrer na BOLÍVIA.

A imagem de Che é sem sombra de duvidas a mais comentada e a mais vendida em camisas.Agora , as idéias de Che, ai sim, estão tão distantes do que podemos pensar no movimento da juventude e suas prioridades de vida.As idéias de Che é algo absolutamente contrário, ao estilo,a maneira que a juventude se comporta como instrumento de mudança nesse processo. Jovens, que vivem o individualismo competitivo e cuja maior aspiração da vida se traduz fielmente na nossa cultura consumista e de massa.

È triste o Che ser lembrado como um rosto em uma camisa, e não ser averiguado por sua idéias e sua luta.È triste, ver em um blog, que o nome Che foi evocado na mente da escritora no momento que um jovem estava se preparando para uma manifestação.Manifestação que sairia as ruas para tentar impugnar uma eleição democrática onde a maioria escolheu.È assombroso ver jovens sendo usados como massa de manobra do interesse de alguns.Sendo usados contra os princípios constitucionais e democráticos alcançados com muito sangue derramado..Che agoniza no túmulo em uma comparação pífia de densidade ideológica.Enquanto lá, Che foi exemplo de luta contra um sistema, aqui jovens são usados em favor da manutenção de uma maneira coronelista de fazer política.Enquanto lá existiam um bojo ideológico, aqui o que se traduz é uma pequena minoria que não se conformou com os destinos da democracia.Pobre Che, agora vilipendiado por palavras sem sentido e por comparações sem nexo.Palavras que demarcam um limite além da sensatez.

Enquanto Che agoniza no túmulo, nos traços do descompasso ideológico de alguns, me privo de ir além.Fico por aqui, e para alguns quero deixar aqui um dica de um filme de titulo sugestivo e poético:” coisas que perdi pelo caminho”.Enquanto precisamos de atitudes de revolução na ética , nos valores, na percepção de coletivo e construção social participativa, não podemos ficar aqui nas memórias de coisas que foram perdidas pelo caminho e que não tem mais valor pratico e de transformação.O que precisamos hoje não são de vagas lembranças passadas com o choque de um presente sem sentido ,precisamos sim de ações concretas com sentido.Se tem sobrado vontade na juventude para sair nas ruas por um motivo qualquer, precisamos é que essa juventude tenha construção política e consciência social.Somente assim acabaremos com um momento de ociosidade ideológica de

Jovens bem-intencionados, e de falta de conteúdo de alguns que escrevem que traduz a mais perfeita pratica da tolice em comparar o aquém com o além.Agora sim,Che relaxa em seu túmulo.

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