segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Uma família naquela praia


Esta semana estava sentado na areia da praia contemplando o horizonte, vendo ao mesmo tempo a minha pequenez e finitude.Sentindo que tudo de uma certa forma está dentro de mim e eu estou inserido no tudo tentando achar meu lugar existencial e vocacional para vida.Nesse momento de introspecção olho ao meu redor e vejo um casal de japoneses brincando na areia com duas crianças.Uma delas segurava uma pazinha e falava palavras em japones com intensa euforia .O casal em troca usou um gesto universal que compreendo perfeitamente a beleza daquele momento:o sorriso.O que me fez repensar naquele pequeno gesto de unidade refletido pelo lazer de um casal de japoneses na praia do flamengo em salvador, foi a universalidade da família como base para uma vida feliz.Repensei e reafirmei valores que a família é a principal sustentação de um ser em construção e uma sociedade em desenvolvimento moral. A família sempre foi bombardeada por muitos que subestimava sua grandeza e importância dentro de uma sociedade.Mas, ela chega ao secúlo 21 no meios das parafernálias tecnológicas e de relações instáveis e valores descartáveis como a principal herança de um individuo em sua realização.
No Ser humano não carregamos somente a carga genética dos nossos pais, carregamos em nós pelo restante dos dias da nossa maturidade, a carga de emoções resultados das experiências vividas no seio familiar e que marca decisivamente a vida de um ser humano.O calor, o abraço de um pai, um gesto de carinho de uma maê , ainda são as maiores necessidades de uma criança em formação.E também o resultado
das escolhas e decisões tomadas por eles.

Aquele retrato da família da areia me fez ir ao ato divino da instituição familiar “não é bom que o homem esteja só”.Deus sabia que o homem ou a mulher não poderia caminhar separados.Criou em nós o desejo do ajuntamento.E por mais que nossa modernidade invista contrário a isso,mas seres humanos infelizes estamos criando.Não é que na família seja somente bons momentos,mas é na família que aprendemos a exercitar as provas iniciais para a vida.E nela, que exercitamos a sociabilidade, a solidariedade, o carinho , e nela que aprendemos a mar, a dialogar em torno de uma solução.Essa relação de pai(falo mãe também)para filho é a maior construção emocional de um individuo.Quando não se tem, o que se vê são pobres criaturas andando pela vida pela metade machucadas por relações doentias com seus pais.São pessoas em constante dificuldades de adequação.

Pensar em família como um condicionamento cultural é uma balela sem tamanho, a família é uma necessidade de vida.Como aquele casal de japonês, de africano ou qualquer lugar do mundo nada substitui o aconchego de um lar, dos papeis existentes nela.Por sua importância é que família precisa estar não somente dentro da ações de religiosos ,mas governamentais.A educação precisa da família no aproveitamento e crescimento intelectual dos alunos.Está comprovado cientificamente que as crianças acompanhadas dos pais na escola rende mais.O planejamento familiar precisa ser mais eficiente em sua dimensão de atuação e os programas sociais precisam tem um foco para a família beneficiada

O maior problema dos governos foram desprezar o potencial da família no desenvolvimento de ações.Projetos feitos baseados em sintomas e não na causa do problema.

Chegamos em um momento de decisão para esse valor fundamental família.Preserva-la é tornar nossa convivência melhor e mais solidária.È´criar seres humanos mais conscientes e com personalidades sociáveis nos direitos e deveres e não marcadas por distúrbios.

Sou um apologista da família, não pela via do “achismo”, mas por necessidade, por entender que a família é origem de tudo.Por entender que a vida caminha por aqui naquela manha da praia do flamengo com casal de japonês brincando com seu filhos

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