sábado, 9 de fevereiro de 2013

Soldados de Salamina - Javier Cercas - Globo Livros




 Um dos romances de maior sucesso na Espanha nas últimas décadas, com mais de meio milhão de exemplares vendidos, Soldados de Salamina, de Javier Cercas, é um romance cifrado, uma reflexão sobre a criação artística, a memória e a história. Conta por meio da interligação engenhosa de pesquisa histórica e ficção, de passado e presente, o momento mais dramático da vida de Rafael Sanches Mazas durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Capturado por republicanos no fim do conflito, esse poeta e ideólogo da Falange, partido de sustentação do ditador espanhol Francisco Franco, é levado com dezenas de homens ao pelotão de fuzilamento, mas milagrosamente escapa dos tiros e consegue esconder-se num bosque. Lá, é encontrado por um soldado inimigo que finge não vê-lo e salva sua vida. O ato inexplicável do soldado está no cerne do romance de Cercas.
Décadas depois desse encontro intrigante, um jornalista, homônimo do autor, empenha-se em descobrir o que de fato aconteceu naquele momento e conta para isso com a ajuda de personagens reais, como o escritor chileno Roberto Bolaño. O relato dessa investigação resultará numa narrativa ágil e num thriller de grande elaboração literária, publicado originalmente em 2001 pela Globo Livros, que conquistou admiradores como o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa: “O livro é magnífico, de fato, um dos melhores que li em muito tempo, e merece ter muitos leitores nessa época em que a ‘literatura ligeira’, chamada ‘literatura de entretenimento’ tornou-se moda. Isso provaria que a ‘literatura séria’, que se atreve a abordar temas complexos, não tem nada de chata, pelo contrário, também é capaz de encantar seus leitores, bem como afetá-los de outras maneiras”.
Soldados de Salamina recebeu prêmios como o Independent Foreign Fiction Prize (Reino Unido), em 2004, e o Extremadura a la Creación a la mejor Obra Literaria de Autor Extremeño (Espanha), em 2002. Foi traduzido para mais de 20 línguas e adaptado para o cinema por David Trueba, em 2003, e para o teatro por Joan Ollé, em 2007.

Nenhum comentário: