domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
O PV SE DIVIDE ENTRE DILMA E SERRA
No último domingo, o PV decidiu manter-se neutro na disputa pela Presidência da República durante o segundo turno. A neutralidade - ou "independência", como preferem os verdes - da sigla não impede que seus membros declarem voto a Dilma Rousseff (PT) ou a José Serra (PSDB), desde que não vinculem o apoio aos símbolos oficiais do partido. Com as declarações de voto das principais figuras do PV nesta etapa das eleições, e constatou uma divisão em relação ao nome a ser apoiado: quatro lideranças permanecem oficialmente neutras, outras três apoiam Serra e cinco delas declararam voto em Dilma.
"Eu classifico o PV, assim como o PMDB, de partido de adesão. Se há um governo, a tendência é estar junto com o governo", diz o cientista político Cláudio Couto, da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas). "O PV na sua maior parte é parecido com qualquer partido brasileiro. A diferença importante é que o PV possui uma cúpula um pouco mais programática que não compartilha da mesma prática política dos demais membros do partido", ressalva.Vice-presidente da sigla e eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis, discorda da avaliação. "O PV tem uma atuação programática com uma série de realizações em todo o país. Integrar governos não significa ser adesista, sobretudo no âmbito do poder local", afirma. "Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, implantamos a maior rede de ciclovias do Brasil, com 160 km", diz
Sirkis admite que, embora tente praticar uma "nova política", o PV tem "quadros de natureza mais fisiológica". "Com a filiação da Marina, tem mais o componente programático e ideológico dentro do PV. Mas ele só vai predominar quando nós mudarmos o sistema eleitoral", diz. "O que acontece com todos os partidos é que nós temos um sistema eleitoral que não ajuda. Para crescer, o partido precisa somar votos de indíviduos, e não no partido", afirma.
A postura de neutralidade também foi tomada pela candidata do partido ao Palácio do Planalto, Marina Silva, que encerrou a disputa com quase 20% dos votos válidos, "rompendo o plebiscito", como ela mesmo disse, e buscando se impor como alternativa à hegemonia de tucanos e petistas na vida política nacional.
Para Couto, Marina Silva acertou ao não declarar o voto. "Se ela quer se assumir como terceira via, não tem sentido apoiar alguma das candidaturas. Ela tem de se manter equidistante", afirma. "O PV é muito menor do que a Marina. Essa votação que a Marina obteve foi dela, não do PV. Ele [o partido] tenta ao menos nao se distanciar [de Marina]", diz.
O vice-presidente do PV diz que não vê a postura do partido como uma forma de facilitar conversas com o novo presidente, seja quem for o eleito. "Eu não penso isso. É mais uma preservação das propostas com vistas para o futuro", afirma. "A interlocuação, seja com Dilma ou Serra eleitos, é natural, porque não temos hostilidades em relação a nem ou outro, e nem ele em relação a nós".
Sirkis admite que, embora tente praticar uma "nova política", o PV tem "quadros de natureza mais fisiológica". "Com a filiação da Marina, tem mais o componente programático e ideológico dentro do PV. Mas ele só vai predominar quando nós mudarmos o sistema eleitoral", diz. "O que acontece com todos os partidos é que nós temos um sistema eleitoral que não ajuda. Para crescer, o partido precisa somar votos de indíviduos, e não no partido", afirma.
A postura de neutralidade também foi tomada pela candidata do partido ao Palácio do Planalto, Marina Silva, que encerrou a disputa com quase 20% dos votos válidos, "rompendo o plebiscito", como ela mesmo disse, e buscando se impor como alternativa à hegemonia de tucanos e petistas na vida política nacional.
Para Couto, Marina Silva acertou ao não declarar o voto. "Se ela quer se assumir como terceira via, não tem sentido apoiar alguma das candidaturas. Ela tem de se manter equidistante", afirma. "O PV é muito menor do que a Marina. Essa votação que a Marina obteve foi dela, não do PV. Ele [o partido] tenta ao menos nao se distanciar [de Marina]", diz.
O vice-presidente do PV diz que não vê a postura do partido como uma forma de facilitar conversas com o novo presidente, seja quem for o eleito. "Eu não penso isso. É mais uma preservação das propostas com vistas para o futuro", afirma. "A interlocuação, seja com Dilma ou Serra eleitos, é natural, porque não temos hostilidades em relação a nem ou outro, e nem ele em relação a nós".
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Marina oficializa neutralidade para segundo turno
Terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva (PV) oficializou na tarde deste domingo a opção pela neutralidade no segundo turno.
Em votação simbólica, a ex-presidenciável, que recebeu 19,6 milhões de votos, referendou a posição para a nova etapa da corrida presidencial.
Dos cerca de 170 votantes, apenas quatro declararam apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Mesmo Fernando Gabeira, o candidato derrotado ao governo do Rio que contou com o apoio do tucano no primeiro turno, preferiu a independência do partido.
Individualmente, os filiados serão liberados para aderir às campanhas da petista ou do tucano. É o que Gabeira faz ao endossar a candidatura de Serra.
"O fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade quanto aos rumos desta campanha", disse Marina, na convenção do PV em São Paulo, num espaço cultural na Vila Madalena.
Ela leu carta aberta com críticas ao que chamou de "dualidade destrutiva" entre PT e PSDB. Segundo Marina, os dois partidos pregam a "mútua aniquilação" na disputa entre Dilma e Serra.
"A agressividade do seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma política de paz", atacou a senadora. A verde prometeu, ainda, defender sua fé --ela é evangélica--, sem contudo usá-la "como arma eleitoral".
O secretário de Comunicação do PV, Fabiano Carnevale, antes da convenção que a cúpula do partido se comprometeu a não aprovar decisão diferente da de Marina. "Está combinado que a posição oficial do PV será a mesma de Marina. Vamos marchar juntos."
Pr. Silas Malafaia em 600 outdoors no RJ: “Em favor da família e preservação da espécie humana. Deus fez macho e fêmea”
“Em favor da família e preservação da espécie humana. Deus fez macho e fêmea.” A mensagem do pastor Silas Malafaia pode ser vista a partir desta segunda-feira, 27 de setembro, pelas ruas do Rio de Janeiro. São 600 outdoors espalhados pela cidade com o objetivo de defender os princípios cristãos e valorizar a família.
Existem movimentos na sociedade e leis perigosíssimas tramitando no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas com o intuito de violentar os princípios cristãos. “Precisamos despertar para a gravidade dessa questão. Somente com Cristo é possível preservar os valores estabelecidos na Bíblia para a família. O povo de Deus tem papel fundamental na propagação dessa verdade. Não podemos olhar um quadro desafiador como esse e ficar de braços cruzados“, adverte o pastor.
Na TV, Serra promete "paz no campo sem MST"; Dilma lista privatizações de FHC
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, usou o horário eleitoral da noite deste sábado (16) para prometer que, se eleito, o Brasil terá "o campo em paz sem bonés do MST", em referência aos conflitos agrários com a participação do Movimento Sem Terra.
Ele também exibiu o apoio dos pastores Silas Malafaia, da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, e de José Wellington Bezerra, da Assembleia de Deus, a sua candidatura. Ilzamar Mendes, viúva do ambientalista Chico Mendes, também declarou voto no ex-governador de São Paulo.
Além disso, a peça tucana voltou a associar a presidenciável Dilma Rousseff (PT) a Erenice Guerra, indicada pela petista ao cargo de ministra-chefe da Casa Civil, do qual saiu após um escândalo de corrupção envolvendo seu nome. Um narrador disse que Dilma "deixou até o presidente Lula em maus lencóis" com a indicação de Erenice.
Serra também exibiu o depoimento de populares - um deles declarou que "Dilma é uma invenção de propaganda". Além disso, o candidato do PSDB fez um afago aos eleitores de Minas Gerais, Estado governado pelos tucanos, mas o onde o presidenciável perdeu para a petista no primeiro turno. "Nesta quinta-feira, Serra e Minas voltaram a se encontrar, num megaevento que reuniu 450 prefeitos", afirmou a locução da peça.
A propaganda de Dilma, por outro lado, investiu na comparação dos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do tucano Fernando Henrique Cardoso, com destaque para a questão das privatizações - foram enumeradas empresas submetida ao processo.
"Vale, vendida por Serra e FHC. Telebras, vendida por Serra e FHC. Light, vendida por Serra e FHC", disse uma narração. Em seguida, a presidenciável disse que sua candidatura representa um projeto "para o Brasil seguir não privatizando".
A candidata do PT também prometeu lutar para acabar com a miséria ("eu sei muito bem que isso não se faz num passe de mágica, mas temos instrumentos para isso") e exibiu um depoimento do presidente em que ele faz um apelo ao eleitorado.
"Está na hora de você escolher o Brasil que você quer. O Brasil que tira 28 milhões de pessoas da miséria ou o Brasil que fechava os olhos para problema, o Brasil que dava errado e que agora está dando certo", disse Lula..
POR DENTRO DAS ELEIÇÕES
sábado, 16 de outubro de 2010
Morre o psiquiatra José Angelo Gaiarsa
Morreu neste sábado (16) aos 90 anos o médico psiquiatra José Angelo Gaiarsa. Segundo sua neta Laura, Gaiarsa morreu por volta das 5h enquanto dormia. A família ainda não sabe a causa da morte.
O velório está ocorrendo desde as 14h no cemitério São Paulo. O corpo será enterrado no cemitério da Assunção, em Santo André, onde o psiquiatra nasceu, neste domingo (17) às 8h. Gaiarsa era divorciado e deixa três filhos e oito netos.
Nascido em 19 de agosto de 1920, Gaiarsa sempre será lembrado como um iconoclasta, conforme disse seu filho Flávio à Folha.
Zeca, como era conhecido pelos amigos, falava muito contra a estrutura familiar clássica, segundo ele a maior geradora de neuroses nos indivíduos, e apoiava abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960.
Foi um o primeiro psquiatra a introduzir a psicologia analítica de Carl Gustav Jung e os estudos sobre sexualidade de Wilhelm Reich.
Inspirado por esses estudiosos, Gaiarsa ia à TV pregar contra a virgindade e a favor do comportamento sexual livre.
"Ele despertava o ódio da sociedade ao dizer que a família não era a melhor estrutura social. Dizia que no seio da família é onde as pessoas mais se deformam. Eu tinha 9 anos e me lembro de as pessoas que ironicamente defendiam a moral e os costumes da época telefonarem para nossa casa falando palavrões", conta o Flávio Gaiarsa, 61, que seguiu a carreira do pai.
Segundo ele, muitas mulheres da época se sentiram livres para sair de casa dos pais e viverem sozinhas após ouvir os ensinamentos do psiquiatra.
"Elas viam um homem mais velho e que falava desses assuntos de maneira clara na TV e se emancipavam. Eu e meus irmãos achávamos o máximo que nosso pai fizesse aquela bagunça. Morreu aos 90 anos sem perder o gosto e a capacidade de aprendizado."
Clinicou por mais de 50 anos, publicou 30 livros e por dez anos teve um quadro de televisão em que esclarecia dúvidas dos telespectadores.
Vindo de Santo André, de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, posição que manteve por toda a graduação.
Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento das relações matrimoniais era controverso.
Foi introdutor de Carl Gustave Jung e William Reich no Brasil, psicanalistas ideólogos da revolução sexual.
Seu primeiro livro, "A Juventude Diante do Sexo", veio a partir de um artigo de capa para a revista "Realidade" sobre o comportamento sexual da juventude que passava por profundas modificações.
Seu último livro publicado foi o "Meio século de Psicoterapia". Atualmente, estava revisando para reedição a obra "Respiração, Angústia e Renascimento".
Seu último prêmio foi do International Academy of Child Brain Development,do Institute for the Achievent of Human Potential, decorrente de um trabalho recém concluído sobre o desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças.
O velório está ocorrendo desde as 14h no cemitério São Paulo. O corpo será enterrado no cemitério da Assunção, em Santo André, onde o psiquiatra nasceu, neste domingo (17) às 8h. Gaiarsa era divorciado e deixa três filhos e oito netos.
Nascido em 19 de agosto de 1920, Gaiarsa sempre será lembrado como um iconoclasta, conforme disse seu filho Flávio à Folha.
Zeca, como era conhecido pelos amigos, falava muito contra a estrutura familiar clássica, segundo ele a maior geradora de neuroses nos indivíduos, e apoiava abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960.
Foi um o primeiro psquiatra a introduzir a psicologia analítica de Carl Gustav Jung e os estudos sobre sexualidade de Wilhelm Reich.
Inspirado por esses estudiosos, Gaiarsa ia à TV pregar contra a virgindade e a favor do comportamento sexual livre.
"Ele despertava o ódio da sociedade ao dizer que a família não era a melhor estrutura social. Dizia que no seio da família é onde as pessoas mais se deformam. Eu tinha 9 anos e me lembro de as pessoas que ironicamente defendiam a moral e os costumes da época telefonarem para nossa casa falando palavrões", conta o Flávio Gaiarsa, 61, que seguiu a carreira do pai.
Segundo ele, muitas mulheres da época se sentiram livres para sair de casa dos pais e viverem sozinhas após ouvir os ensinamentos do psiquiatra.
"Elas viam um homem mais velho e que falava desses assuntos de maneira clara na TV e se emancipavam. Eu e meus irmãos achávamos o máximo que nosso pai fizesse aquela bagunça. Morreu aos 90 anos sem perder o gosto e a capacidade de aprendizado."
Clinicou por mais de 50 anos, publicou 30 livros e por dez anos teve um quadro de televisão em que esclarecia dúvidas dos telespectadores.
Vindo de Santo André, de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, posição que manteve por toda a graduação.
Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento das relações matrimoniais era controverso.
Foi introdutor de Carl Gustave Jung e William Reich no Brasil, psicanalistas ideólogos da revolução sexual.
Seu primeiro livro, "A Juventude Diante do Sexo", veio a partir de um artigo de capa para a revista "Realidade" sobre o comportamento sexual da juventude que passava por profundas modificações.
Seu último livro publicado foi o "Meio século de Psicoterapia". Atualmente, estava revisando para reedição a obra "Respiração, Angústia e Renascimento".
Seu último prêmio foi do International Academy of Child Brain Development,do Institute for the Achievent of Human Potential, decorrente de um trabalho recém concluído sobre o desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças.
PENSAMENTO DA SEMANA. EU TENHO UM SONHO
Fundador do PT e ex-vice de Marta, Hélio Bicudo declara voto em Serra no 2º turno
Um dos fundadores do PT e vice de Marta Suplicy (PT) na prefeitura de São Paulo (2001-2004), o jurista Hélio Bicudo declarou voto no tucano José Serra no segundo turno das disputa à Presidência da República. Na primeira rodada de votação, Bicudo havia apoiado Marina Silva, do PV, em detrimento da presidenciável petista Dilma Rousseff.
"Eu voto Serra no segundo turno porque não há escolha. O Serra é um homem competente, é um homem sério, eu nunca soube absolutamente nada contra o passado do Serra", afirma o jurista, em um vídeo que começou a circular na internet neste sábado (16).
Tido como um militante histórico pelos direitos humanos no país, o jurista justificou seu voto alegando que o "continuísmo" do PT no poder "não é democrático". "A alternância de poder é uma característica da democracia", disse.
"Se nós deixarmos que a candidata Dilma vença, essas eleições, nós vamos ter aqui no Brasil um sistema mexicano", disse, em referência ao PRI (Partido Revolucionário Institucional), que ficou no poder no México por 70 anos, até ser derrotado nas eleições de 2000.
Em setembro deste ano, Bicudo e outros juristas lançaram o "Manifesto em Defesa da Democracia", durante um ato na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na capital paulista. "É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita", afirma o documento, crítico à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
PSOL declara voto contra Serra e abre possibilidade para 'voto crítico' em Dilma
Por 13 votos a 2, a Executiva Nacional do PSOL decidiu declarar voto contra José Serra (PSDB) e abriu a possibilidade para o voto nulo ou um voto crítico em Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.
Em nota, a Executiva se diz preocupada com a "crescente pauta conservadora introduzida pela aliança PSDB-DEM, querendo reduzir o debate a temas religiosos e falsos moralismos". Ao mesmo tempo, analisa que "esta pauta leva a candidatura de Dilma a assumir posição ainda mais conservadora, abrindo mão de pontos progressivos de seu programa de governo e reagindo dentro do campo de ideias conservadoras e não contra ele".
Apesar da crítica a PT e PSDB, a Executiva deliberou pela possibilidade do voto em Dilma por causa do temor do partido de que Serra vença a eleição.
No entendimento do PSOL, embora defendam modelos semelhantes, o tucano tem uma agenda ainda mais conservadora do que a petista.
"Neste segundo turno, mantemos firme a oposição frontal à candidatura Serra, declarando unitariamente "nenhum voto em Serra", por considerarmos que ele representa o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País. Ao mesmo tempo, não aderimos à campanha Dilma, que se recusou sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas neoliberais".
A Executiva ressalta que fará oposição "de esquerda e programática" independentemente de qual seja o próximo governo.
O candidato derrotado do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, apoiou a decisão da Executiva --da qual não faz parte-- e informou que votará nulo. Plínio recebeu 886.816 votos no primeiro turno.
Em um "manifesto à nação", Plínio avalia algumas as diferenças entre as candidaturas de Serra e Dilma na relação com os movimentos sociais e na política externa.
Sobre Serra, diz: "representa a burguesia mais moderna, mais organicamente ligada ao grande capital internacional, mais truculenta na repressão aos movimentos sociais. No plano macroeconômico, não se afastará do modelo neoliberal nem deterá o processo de reversão neocolonial que corrói a identidade moral do povo brasileiro. A política externa em relação aos governos progressistas de Chávez, Correa e Morales será um desastre completo".
Sobre Dilma, afirma que "é uma incógnita. Se prosseguir na mesma linha do seu criador - o que não se tem condição de saber --o tratamento aos movimentos populares será diferente: menos repressão e mais cooptação. Do mesmo modo, Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia continuarão a ter apoio do Brasil".
Apesar de análise um pouco menos desfavorável à petista, Plínio justifica o voto nulo pelo "descompromisso" das duas candidaturas com o projeto do PSOL.
"Nenhum deles se dispôs a comprometer-se com a derrubada desse muro. Essa é a razão que me tranquiliza, no diálogo com os movimentos sociais com os quais me relaciono há 60 anos e com os brasileiros que confiaram a mim o seu voto, de que a única posição correta neste momento é do voto nulo. Não como parte do 'efeito manada' decorrente das táticas de demonização que ambas candidaturas adotam a fim de confundir o povo. Mas um claro posicionamento contra o atual sistema e a manifestação de nenhum compromisso com as duas candidaturas".
Dilma sofreu maior baixa no Datafolha entre os evangélicos
Ao se observar o comportamento dos eleitores divididos por grupos religiosos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sofreu sua maior baixa entre os evangélicos não pentecostais. Ela desliza de 40% para 36%, de acordo com pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem.
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, a oscilação da petista ficou dentro desse limite máximo. Na pesquisa anterior, ela poderia ter no mínimo 38%. Na atual, chegaria a esse patamar no limite positivo da margem.
Os evangélicos não pentecostais são 6,3% dos eleitores brasileiros.
Nesse grupo, José Serra (PSDB) registrou uma variação positiva, também dentro da margem de erro, indo de 48% para 50%.
Os temas religiosos dominaram esse início de campanha no segundo turno, sobretudo com relação às propostas dos candidatos sobre a descriminalização do aborto. Ambos, Dilma e
Serra, afirmam ser contrários a alterar a lei atual.
Apesar do predomínio desse assunto nas propagandas de rádio e de TV, todas as variações em grupos religiosos ficaram dentro ou muito próximas à margem de erro.
Curiosamente, a maior variação se deu entre os eleitores que declaram não ter religião (5,8% do total do país).
Nesse segmento, Dilma desceu seis pontos, de 51% para 45%. Já Serra subiu cinco pontos, de 35% pra 40%.
Outra forma de aferir como se deram as pequenas variações nos percentuais de Dilma e de Serra nesta primeira semana de campanha para o segundo turno é observar o comportamento dos eleitores de Marina Silva (PV). Ela está fora da disputa por ter ficado em terceiro lugar.
Entre aqueles que votaram em Marina no primeiro turno e agora assistiram à propaganda política na TV, só 38% dizem que o comercial de Dilma Rousseff é ótimo ou bom. Já o programa de Serra é considerado ótimo ou bom por 52% dos marineiros.
A influência da candidata verde surge agora maior do que seu percentual de votos (19,3%). Segundo o Datafolha, 25% dos eleitores poderiam votar em alguém indicado por Marina. Mas para 55% esse apoio seria inócuo. E há também 15% que rejeitaram esse tipo de recomendação.
Algumas oscilações positivas de Dilma se deram em grupos nos quais Serra em geral tem melhor desempenho. Por exemplo, entre os eleitores de nível de escolaridade superior (14% do total do país), a petista variou dois pontos, de 36% para 38%. Já Serra viu seu percentual ir de 50% para 47%.
Entre os eleitores com renda média mensal de mais de dez salários mínimos (4,4% do total dos brasileiros), a petista subiu cinco pontos, de 33% para 38%. Serra desceu de 58% para 53%.
Os mais escolarizados e de renda superior são os grupos nos quais Marina Silva começou sua ascensão no primeiro turno.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
CNT/Sensus: Dilma lidera apenas no Nordeste do País
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, está na liderança da corrida ao Palácio do Planalto apenas no Nordeste do País. A petista aparece nessa região com 60,7% das intenções de voto, enquanto seu adversário, o tucano José Serra, cresceu sete pontos e agora registra 31,1%. Os dados são de pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã. Na Região Sul, Serra abriu 20 pontos porcentuais de vantagem sobre Dilma. No Sudeste, ele aparece um ponto à frente da adversária, dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos porcentuais.
O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, disse que Dilma mantém a liderança no Norte, mas o instituto reúne os dados dos Estados dessa região com os Estados do Centro-Oeste, onde Serra disparou na frente da petista. Segundo o Sensus, o tucano lidera nas regiões Norte/Centro-Oeste com 45,7% das intenções de voto contra 40,7% de Dilma.
Guedes destacou a virada de Serra no Sul, região em que o tucano desponta com 56% das intenções de voto contra 36,4% da petista. Em setembro, antes do primeiro turno, essa diferença era de apenas cinco pontos porcentuais. No Sudeste, Serra lidera com margem apertada: ele aparece com 44,7% das intenções de voto contra 43,3% de Dilma. Há um mês ela aparecia com 52,1% contra 36% do tucano.
A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios nas cinco regiões do País e em todos os Estados brasileiros entre os dias 11 e 13 de outubro e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 35.560/2010.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Um dia para comemorar e para refletir
Apesar das melhorias registradas com a adoção da Convenção dos Direitos Humanos, há muito trabalho a fazer para melhorar a infância das crianças no mundo.
Sobrevivência
O número de mortes de crianças com menos de 5 anos baixou de 12,5 milhões em 1998 para menos de 9 milhões, em 2008. Ainda assim, 25 mil menores de 5 anos morrem todos os dias, a maioria de causas que podiam ser prevenidas com tratamentos baratos.
Educação
O número de crianças fora da escola primária caiu de 115 milhões em 2002 para 101 milhões em 2007. Por outro lado, 84% das crianças em idade de frequentar a escola primária encontram-se agora na escola e 90% deverão concluir o ensino básico.
Dois milhões de crianças com menos de 15 anos vivem atualmente com o vírus da aids. A cada hora, cerca de 31 crianças morrem vítimas da doença. Existem ainda pelo menos outros 15 milhões que perderam um ou ambos os pais para a aids.
Em todo o mundo, as organizações não governamentais acreditam existirem 250 mil crianças- -soldados. Mas o número de menores afetados pela violência é muito maior: entre 500 milhões e 1500 milhões, de acordo com dados da UNICEF.
Trabalho infantil
Estima-se que haja cerca de 158 milhões de crianças com idades entre os 5 e os 14 anos trabalhando ou seja, uma em cada seis crianças em todo o mundo. Por outro lado, 1,2 milhões de crianças terão sido traficadas todos os anos, desde 2000.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Fome é "alarmante" em 29 países, revela estudo
Vinte e nove países apresentam níveis alarmantes de fome e mais de 1 bilhão de pessoas não tinham o que comer em 2009, de acordo com um novo relatório mundial sobre a situação no mundo todo.
Líderes mundiais estão longe de uma meta estabelecida em 1990 de reduzir pela metade o número de pessoas famintas em 2015, segundo o Índice Mundial da Fome (GHI), publicação anual do Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares e outras entidades assistenciais.
"O indicador da fome no mundo permanece em um nível definido como 'sério'", disse o relatório. A maioria dos países com dados "alarmantes" no índice ficam na África Subsaariana e no sul da Ásia. As crianças são citadas como especialmente vulneráveis.
Países com número elevado de pessoas que passam fome precisam agir para melhorar a nutrição das crianças durante os primeiros mil dias depois da concepção, incluindo nutrição pré-natal e programas de educação nutricional para mulheres grávidas, disse Marie Ruel, chefe da divisão de pobreza, saúde e nutrição do GHI.
"Para melhorar a nutrição infantil, os programas e políticas têm de enfocar na janela de oportunidade", disse Ruel. "A desnutrição na primeira infância perpetua a pobreza de uma geração para outra."
A porcentagem de pessoas subnutridas caiu de 20 por cento em 1990-1992 para 16 por cento em 2004-2006. A ONU acredita que o número de pessoas que passam fome caia de 1 bilhão em 2009 para 925 milhões este ano.
Mas o índice mostra que algumas regiões ainda estão lutando contra o problema e que as causas da fome diferem em todo o mundo, de acordo com o relatório.
"Em comparação com os números de 1990, globalmente o índice mundial da fome melhorou 24 por cento", disse Ruel. No entanto o progresso varia enormemente de uma região para outra.
Os dez países com os piores indicadores de fome -- todos classificados como "extremamente alarmantes" ou "alarmante" -- foram a República Democrática do Congo, Burundi, Eritreia, Chade, Etiópia, Serra Leoa, Haiti, Comoros, Madagascar e República Centro Africana.
domingo, 10 de outubro de 2010
Um suicidio, a tristeza, uma esperança
Não é um dia qualquer quando você visita uma família que foi surpreendida com a noticia do suicídio de seu filho mais velho.Não é um dia qualquer quando você consegue ver de frente uma tragédia de negação da vida e te faltam palavras para expressar algum consolo.Me pergunto, como? Como alguém pode cometer tão insultoso ato a própria vida, não pesando em sua decisão, dois filhos , uma esposa e uma família que o amava.O suicídio é um ato que não têm justificava em hipótese alguma.È uma afronta e negação ao valor da vida.
Esse jovem de 25 anos cometeu um ato que deixa a impressão de covardia e falta de fé.Fé que nenhum problema é irremediavel e nenhuma situação por mais triste e desesperadora não seja passageira.
A questão é que esse ato de suicídio do jovem, é a ponta de um problema cuja complexidade de números, dados e estudos, revelam que o homem deste século é triste .Apesar de avanços em todas as áreas , o homem é refém de seus próprios desejos, e de sua ânsia na busca por algo que nunca está perto.È o vazio existencial de um ser que busca justificativas para viver..Um homem que aprendeu a viver sem prazer, sem encanto e sem razões
Um homem triste, melancólico, atordoado a ponto de explodir pelas exigências de uma sociedade objetivada pelo ter, pela posse, e por algo que está sempre com o outro.È uma busca que não trás prazer, divertimento e que o preço é a sua própria alma nessa jornada.
O homem desse século possui riquezas, mas é pobre de valores,têm ânsia por ter e escassez de motivos para fazer alguma coisa pelos que padecem.O homem que aprendeu a “aprender”, e a “ganhar”, mas não a devolver para os outros, aqueles que precisam de ajuda em meio a sua agonia e desespero em não ter dignidade para viver.Que é um campo fértil para aqueles que estão com “os celeiros cheios’,a aprender a compartilhar, ajudar e encontrar sentido para a vida.
A corda aqui sai como a principal simbolo dessa Historia e ceifa mais uma vida.Ceifa o sonho de uma família e as lagrimas tem sido a única resposta para esse momento.Eu, na minha humilde posição, não tenho muito o que dizer, a não ser prantear e consolar a família.Um consolo cada dia mais complexo e assustado diante do rumo que a humanidade caminha,sem direção, aleatória aos valores da vida e totalmente submissa a desejos doentios.E que nessa tristeza generalizada de um mundo pós-utopias, possamos nos reencontrar e transformar da vida uma opção pelo inacreditável, pelo belo, pelo encanto e pela objetividade de propagar alegria.Que nesse reencontro, possamos ver no próximo uma extensão da nossa missão na terra, como fonte de prazer e o desafio de diminuir as desigualdades e as injustiças
Se temos um desafio desses, nunca perderemos a vida em si.Sempre teremos uma razão para a nossa felicidade, a responsabilidade com próximo.
Assim como um corda começou essa Historia revelando um fim de uma vida, um sorriso imaginário de uma criança agraciada com uma ajuda voluntaria, representa o recomeço dela.O elo perdido da vida, de que esse quadro complexo e assustador do mundo moderno possa ser o recomeço de uma nova visão de humanidade e do próximo.Além de qualquer dogma, cor, status , mas pelo reconhecimento que cada um trás em si a “ imagem de Deus” .Nós somos essa imagem.E que essa verdade possa ser a diretriz de todas as decisões.Com certeza, essa será a maior revolução de todas, a revolução em favor da vida
WA
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
GENTE QUE FAZ...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Quanto custa um deputado?
Reclamamos do alto salário dos 513 deputados federais, mas ´o problema são as verbas`, diz o coordenador de projetos da ONG Transparência Brasil, Fabiano Angélico. No gráfico abaixo, o tamanho de cada item corresponde ao seu custo.
VERBA DE GABINETE
Cada um dos 513 deputados federais possui esta verba mensal para gastar com material de escritório e pagar até 25 assessores parlamentares. Os deputados federais brasileiros estão entre os que podem contratar mais gente.
Cada um dos 513 deputados federais possui esta verba mensal para gastar com material de escritório e pagar até 25 assessores parlamentares. Os deputados federais brasileiros estão entre os que podem contratar mais gente.
VERBA INDENIZATÓRIA
É para gastos com gasolina, comida, hospedagem, aluguel de escritório (sim, além dos que eles têm no Congresso) e consultorias - sendo que consultoria pode ser qualquer coisa que os deputados decidirem chamar de consultoria.
É para gastos com gasolina, comida, hospedagem, aluguel de escritório (sim, além dos que eles têm no Congresso) e consultorias - sendo que consultoria pode ser qualquer coisa que os deputados decidirem chamar de consultoria.
SALÁRIO
Além do 13º, há mais dois salários extras no início e no fim do ano legislativo, para dar uma força.
MAIS QUE O LULA
Não admira que deputados se achem importantes: ganham mais que o presidente.
Não admira que deputados se achem importantes: ganham mais que o presidente.
AUXÍLIO MORADIA
A ajuda no aluguel vale até para deputados do Distrito Federal. A alternativa seriam apartamentos funcionais, que acabam repassados a assessores e parentes.
COTA POSTAL E TELEFÔNICA
É preciso muito correio e DDD para contatar as bases. A cota também pode incluir a conta da banda larga.
IMPRESSÕES E ASSINATURAS: R$ 1 000
Além de imprimir o que acharem necessário, nossos representantes têm uma grana para assinar jornais e revistas.
A ajuda no aluguel vale até para deputados do Distrito Federal. A alternativa seriam apartamentos funcionais, que acabam repassados a assessores e parentes.
COTA POSTAL E TELEFÔNICA
É preciso muito correio e DDD para contatar as bases. A cota também pode incluir a conta da banda larga.
IMPRESSÕES E ASSINATURAS: R$ 1 000
Além de imprimir o que acharem necessário, nossos representantes têm uma grana para assinar jornais e revistas.
PASSAGENS
Deputados ganham viagem ida e volta de Brasília para o estado que representam. São R$ 9 mil por mês que não precisam de justificativa - pode ser convenção partidária ou festa junina.
Deputados ganham viagem ida e volta de Brasília para o estado que representam. São R$ 9 mil por mês que não precisam de justificativa - pode ser convenção partidária ou festa junina.
ASSISTÊNCIA MÉDICA
O deputado e sua família podem pedir reembolso ilimitado de gastos com saúde. Em 2009, a Câmara gastou R$ 50 milhões com médicos e dentistas: deu R$ 8 mil para cada.
O deputado e sua família podem pedir reembolso ilimitado de gastos com saúde. Em 2009, a Câmara gastou R$ 50 milhões com médicos e dentistas: deu R$ 8 mil para cada.
10 celebridades B que não foram eleitas em 2010
O cantor, candidato do PC do B a senador por São Paulo, ficou em terceiro lugar na disputa, obtendo 7.773.327 votos. Durante os primeiros momentos da apuração, disputava com Marta Suplicy a segunda vaga do estado, mas a ex-prefeita do PT levou a melhor: recebeu 8.314.027 votos. O candidato ao senado mais bem votado por São Paulo foi Aloysio Nunes, do PSDB (que teve 11.189.168 votos).
O ex-líder do grupo de pagode “Os Morenos” e cantor gospel amargou o quinto lugar na disputa fluminense para o senado. Waguinho teve apenas 1.295.946 dos votos – ficando bem distante dos dois senadores eleitos: Lindberg, do PT (4.213.749 votos) e Marcelo Crivella, do PRB (3.332.886 votos).
O meia Marcelinho Carioca era candidato a deputado federal pelo PSB/SP, mas não conseguiu uma vaga no Congresso. Seu partido elegeu 7 candidatos (o último candidato da sua coligação eleito teve 71.637 votos. O futebolista obteve uma votação expressiva: 62.399 votos, mas não irá frequentar o mesmo local de trabalho do Tiririca no próximo ano: ele é o segundo suplente da sua coligação.
Os irmãos Kiko e Leandro do KLB disputavam, respectivamente, as vagas de deputado federal e estadual pelo DEM/SP. Kiko foi uma decepção nas urnas e amargou 38.069 votos. Para Leandro, que teve 62.398 votos, quase deu. E ele deve até ter comemorado (no início da madrugada, com quase 100% das urnas apuradas, seu nome figura a lista dos prováveis eleitos). Contudo, por apenas 182 votos, o vocalista perdeu a última vaga da sua coligação (PSDB/DEM) para Geraldo Vinholi, do PSDB.
Pois é, 3 de outubro não foi um dia de vitórias para o campeão mundial de boxe Acelino “Popó” Freitas, candidato a deputado federal pelo PRB/BA. O pugilista teve 60.338 votos, mas um “gancho” federal da esquerda pode ajudá-lo: ele é o primeiro suplente da sua coligação (formada por 7 partidos, entre eles PT e PC do B) e caso algum deputado federal vá trabalhar no governo estadual com Jacques Wagner (eleito pelo PT), pode assumir uma vaga no Congresso.
“Ah, pára ô!”. Se para o humorista Tiririca, as eleições representaram sua “consagração” nas urnas, para outro humorista não menos icônico não foi a hora de sorrir. Batoré, conhecido por bordões populares como “Você pensa que é bonito ser feio?” também disputava uma vaga como deputado federal por São Paulo (mas pelo PP, partido de Maluf). Obteve apenas 23.046 votos – é apenas 1,7% da votação do Titirica, o humorista-deputado-federal mais bem votado
A cantora que é um dos maiores expoentes do funk carioca, famosa pelos sucessos “Fama de Putona” e “Sou feia mais tô na moda”, foi um fiasco nas urnas. Pois é, sua candidatura não esteve na moda. A candidata a deputada federal pelo PDT/RJ, teve míseros 1.052 votos.
Outra conhecida do cenário do funk carioca que mandou muito mal nas urnas foi a Mulher Melão. Candidata a deputada estadual pelo PHS/RJ, Renata Frisson (sim, esse é o nome da garota) teve apenas 1.650 votos.
Pois é, essa eleição não foi das melhores para os boxeadores. Mas, se para Popó foi por pouco, para Maguila, foi POUCO. O ex-pugilista campeão que disputava uma vaga de deputado federal pelo PTN de São Paulo obteve apenas 2.951 votos.
PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos
Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso.
A medida deve ser discutida em reunião da Executiva do PT, como forma de responder aos rumores contra a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, apontados como o principal motivo para o crescimento de Marina Silva (PV), contrária à legalização do aborto, e a consequente ida da disputa presidencial ao segundo turno.
O primeiro contra-ataque partiu do secretário de Comunicação do PT, André Vargas. "O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de abortos: Serra", disse em seu Twitter.
A pílula do dia seguinte é um dos métodos contraceptivos criticado pela Igreja Católica e distribuída pelo Ministério de Saúde. Diferentemente do que Vargas sugere, sua adoção foi decidida antes de o tucano José Serra, rival de Dilma no segundo turno, ser titular da pasta.
O secretário de Comunicação do PT defende ainda o isolamento da ala do partido pró-legalização. "Agora é hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra".
Um dos coordenadores da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, reconhece que a resolução do PT, pró-descriminalização do aborto, não é unânime no partido e não é a posição de Dilma.
Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática --o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista "Marie Claire".
Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.
O tema se tornou tão incômodo que ontem, ao "Jornal Nacional", Dilma o citou mesmo sem ter sido questionada (ela teve um minuto e meio para "dar uma mensagem aos eleitores").
"Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões".
A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que a defesa da descriminalização do aborto pode até ser defendida por algumas alas do partido, mas pode "custar a Presidência da República".
Já o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), puxador de votos evangélicos, disse que chegou a perder votos porque defendia Dilma, que "erroneamente" era associada a afirmações anticristãs.
Além do PT, o PMDB também defende uma ação para combater a associação de Dilma ao tema aborto, que virou onda de e-mails e comentários em meios religiosos.
Os peemedebistas querem que a candidata divulgue, enfim, um programa de governo deixando claro ser contra a legalização.
Ontem, Dilma reconheceu que a campanha percebeu muito tarde a onda associando seu nome ao tema do aborto e a uma fala, que ela não disse, de que nem Jesus Cristo tiraria dela a vitória.
Sobre a presença do presidente Lula na campanha, Dilma não precisou seu papel. "O presidente Lula a gente não pode falar em dose, ele não é o remédio é solução", disse.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM IPIRÁ
PRESIDENTE
DILMA 18.596
JOSÉ SERRA 6.539
MARINA 2.285
GOVERNADOR
JAQUES WAGNER 18.171
GEDDEL VIEIRA LIMA 5.994
PAULO SOUTO 2. 159
SENADOR
WALTER PINHEIRO 16. 537
LIDICE DA MATA 12.880
JOSÉ RONALDO 11.135
CÉSAR BORGES 7.254
ALELUIA 1.135
DEPUTADO FEDERAL
AFONSO FLORENCE 9.062
LÚCIO VIEIRA 2. 771
RUI COSTA 2.221
TONHA 1.911
ACM NETO 1.004
JOÃO BACELAR FILHO 947
CAJADO 739
ACELINO FREITAS 541
FERNANDO TORRES 385
MÁRCIO CARLOS MARINHO 384
ERIVELTON SANTANA 376
DEPUTADO ESTADUAL
JURANDY OLIVEIRA 8.020
AUGUSTO CASTRO 3.668
NEUSA CADORE 3.056
AILTON FLORÊNCIO 1.770
TARGINO 849
JÚNIOR MAGALHÃES 557
PAULO 497
CARLO UBALDINO 399
HELDER CAMPOS 329
ÂNGELO 300
JOSÉ DE ARIMATEIA 259
TOTAL DE VOTOS APURADOS
30.992
ABSTENÇÃO 8.858
DILMA 18.596
JOSÉ SERRA 6.539
MARINA 2.285
GOVERNADOR
JAQUES WAGNER 18.171
GEDDEL VIEIRA LIMA 5.994
PAULO SOUTO 2. 159
SENADOR
WALTER PINHEIRO 16. 537
LIDICE DA MATA 12.880
JOSÉ RONALDO 11.135
CÉSAR BORGES 7.254
ALELUIA 1.135
DEPUTADO FEDERAL
AFONSO FLORENCE 9.062
LÚCIO VIEIRA 2. 771
RUI COSTA 2.221
TONHA 1.911
ACM NETO 1.004
JOÃO BACELAR FILHO 947
CAJADO 739
ACELINO FREITAS 541
FERNANDO TORRES 385
MÁRCIO CARLOS MARINHO 384
ERIVELTON SANTANA 376
DEPUTADO ESTADUAL
JURANDY OLIVEIRA 8.020
AUGUSTO CASTRO 3.668
NEUSA CADORE 3.056
AILTON FLORÊNCIO 1.770
TARGINO 849
JÚNIOR MAGALHÃES 557
PAULO 497
CARLO UBALDINO 399
HELDER CAMPOS 329
ÂNGELO 300
JOSÉ DE ARIMATEIA 259
TOTAL DE VOTOS APURADOS
30.992
ABSTENÇÃO 8.858
Números curiosos ajudam a explicar as eleições de 2010
A maior eleição da história do Brasil levou mais de 100 milhões de pessoas às urnas no domingo (3). Mas esse não é o único número que explica os resultados que elegeram centenas de candidatos e levaram disputas estaduais e a presidencial para uma segunda votação, em 31 de outubro. Confira o levantamento feito pelo UOL Eleições.
Candidatos
Com 46,9% dos votos, a petista Dilma Rousseff é a primeira mulher a disputar o segundo turno das eleições presidenciais brasileiras.
Deputado eleito, Tiririca (PR-SP) é o segundo mais votado da história para o cargo. Com mais de 1,3 milhão de votos, ele fica atrás apenas do falecido Enéas Carneiro, do extinto Prona, que somou 1.573.642 em 2002.
A surpreendente vitória do senador eleito Aloysio Nunes (PSDB-SP), com quase 12 milhões de votos, faz dele o parlamentar mais votado da história do país, superando Aloizio Mercadante (PT), que chegou aos 10 milhões de votos há oito anos.
Pela primeira vez o Rio Grande do Sul elege um governador em primeiro turno: Tarso Genro (PT).
Houve 45 candidatos a deputado federal, estadual ou distrital que receberam apenas um voto nas eleições.
Quase 20% do eleitorado se absteve de votar no domingo. O maior índice veio do Maranhão, com cerca de 24% do total. O menor saiu de Roraima, com menos de 14% de ausentes.
A Paraíba foi o Estado que mais anulou votos para presidente: foram cerca de 10%. O menor porcentual é do Rio Grande do Sul, com 3,34% do total.
Dados sócio-econômicos
A presidenciável Marina Silva (PV) venceu no colégio eleitoral mais rico do Brasil, o Distrito Federal, com renda média de R$ 2.176. Dilma venceu no mais pobre, o Piauí, com renda média de R$ 567,10.
Entre os dez Estados com maior índice de analfabetismo, José Serra só venceu no Acre.
Entre os dez Estados mais populosos do Brasil, Dilma venceu em oito (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Pará e Maranhão). Serra triunfou em São Paulo e no Paraná.
Entre os dez Estados com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Dilma teve vantagem em cinco: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais. Serra ficou à frente em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Marina levou somente no DF.
Família
Em Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte, pai e filho se elegeram, respectivamente, senador e deputado federal. São eles os alagoanos peemedebistas Renan Calheiros e Renan Filho; os sergipanos do PSB Valadares e Valadares Filho e os candidatos do DEM José Agripino Maia e Felipe Maia.
No Acre, os irmãos petistas Tião Viana e Jorge Viana, foram eleitos, respectivamente, governador e senador.
No Maranhão, a governadora Roseana Sarney (PMDB) terá na Câmara dos Deputados o irmãoSarney Filho (PV). O senador reeleito Edison Lobão (PMDB) terá na mesma Casa sua mulher, Nice Lobão (DEM).
As bancadas familiares podem crescer ainda mais dependendo do julgamento sobre a lei da Ficha-Limpa no STF (Supremo Tribunal Federal).
Geografia
Dilma foi a mais votada em 18 Estados, enquanto Serra venceu em oito.
Em 2002, quando foi candidato à Presidência pela primeira vez, Serra só venceu no Estado de Alagoas no primeiro turno. Desta vez, não venceu entre os alagoanos, mas ganhou em oito colégios eleitorais: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Roraima.
A candidata do PT venceu em dois Estados nos quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi derrotado em 2006: Goiás e Rio Grande do Sul. Na primeira eleição de Lula, em 2002, ele só perdeu em Alagoas (Serra), Ceará (Ciro Gomes) e Rio de Janeiro (Anthony Garotinho).
Serra teve mais de 10 pontos percentuais de vantagem sobre Dilma em dois Estados: Acre e Roraima. Dilma exibiu vantagem desse porte em todos os Estados do Nordeste, exceto por Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Amazonas, Pará e Amapá.
Assinar:
Postagens (Atom)